O Atleta Joaquim Murraças em entrevista ao Região da NazaréAtletismo: O nazareno Joaquim Murraças fala do seu clube e da sua longa carreiraO veterano atleta contou confidências da sua longa carreira que muito pouca gente sabia, uma entrevista de Joaquim José PaparrolaRegião da Nazaré – Como está o Clube de Atletismo da Nazaré?Joaquim Murraças – Como se sabe o CAN é um clube recente, começámos com uma equipa praticamente feita à base de atletas veteranos que andavam por vários clubes do nosso distrito. Tivemos como prioridade juntar todos eles, além disso temos um atleta iniciado, Daniel, que começa a ter resultados aceitáveis para a idade dele.

R.N – Custa muito fundar um clube da modalidade aqui na vila nazarena?J. M – Tanto assim é que a Nazaré nunca juntou tantos atletas num clube de atletismo desde o tempo do Stella Maris, só mesmo o CAN conseguiu tal proeza com tantos atletas seniores, houve colectividades que tiveram atletas mais novos “Meia Maratona”, o Planalto, mas assim tantos como nós nunca, desde há vinte anos a esta parte.R.N – Quais os objectivos do CAN para o futuro imediato? J.M- Um dos nossos objectivos e realmente a formação de futuros atletas mas temos de esperar para ver, não queremos tirar o protagonismo à colectividade (MMIN). Na minha opinião e eu alertei em tempos as pessoas na altura no clube (MMIN), que em vez de terem acedido á maior parte daquilo que eu achava melhor para o clube, ignoraram e simplesmente correram comigo do clube. Se analisarmos bem e ao contrário do que as pessoas diziam houve um retrocesso tanto em marcas pessoais como em participação de provas.R.N – Depois de tantos q uílómetros percorridos qual foi o titulo que mais gozo deu ganhar?J.M- Já foram muitos. É evidente que ter ganho a meia maratona da Nazaré marcou-me muito, pois senti que era tempo de mostrar aos Nazarenos que realmente existia atletas com algum nível por cá. Mas a prova que me marcou mais foi na Bélgica no crosse Evere, onde ganhei e onde nenhum atleta da Europa ocidental não vencia à 20 anos. Na entrega de prémios algo que me deixou emocionado foi a homenagem que a equipa russa me fez, algo impensável por estas bandas (Portugal). R.N- Considera positivo tudo o que fez pelo atletismo?J.M- Acho que sim, pequei por não ter aceite o convite do Benfica depois de me ter sagrado campeão nacional pelo clube da luz com 17 anos. Mais tarde na altura da minha tropa outro erro ao recusar assinar pelo Sporting, que hoje em dia toda a gente se oferece para correr pelos leões, recusei esses dois grandes clubes mas gostei muito do que fiz até hoje. Fui várias vezes campeão nacional do Inatel (Corta-mato, estrada e pista), fui campeão europeu de pista pelo Inatel, fui recordista de provas que hoje são referências no atletismo nacional.