Tânia RochaO incêndio que ocorreu na passada terça-feira, dia 15 de Julho, em Famalicão, mais concretamente na encosta dos Raposos, foi a maior ocorrência da corporação de Bombeiros Voluntários da Nazaré (BVN), nos últimos tempos.Este incidente começou por volta das 17 horas e deu-se como circunscrito às 19 horas do mesmo dia. No entanto, o corpo de bombeiros permaneceu no terreno até as três horas da madrugada, para prevenir algum reacender das chamas.

O alerta foi feito pelo Centro Distrital de Operações de Socorro, CDOS de Leiria, que accionou, não só os Bombeiros Voluntários da Nazaré, mas também as corporações vizinhas. No terreno estiveram presentes 73 bombeiros e 23 viaturas, com a ajuda também de três meios aéreos, nomeadamente dois aerotanques ligeiros e um hélio bombardeiro pesado. Actualmente, e durante o período de 1 de Julho até 30 de Setembro, os BVN têm sete pessoas de piquete para primeira intervenção. O corpo de Bombeiros da Nazaré é composto por 60 elementos, sendo que doze são, além de voluntários, também profissionais da corporação. Segundo o comandante, Alberto Mendes, “os BVN estão preparados e equipados para as ocorrências normais que possam suceder”, contudo, confessa que “se acontecer uma situação atípica serão necessários outros meios e ajudas exteriores”, sendo este o principal receio da corporação. Presentemente, os BVN contam com dezasseis viaturas, seis para combate a incêndios florestais, duas para combate a incêndios urbanos e oito ambulâncias, incluindo o transporte de doentes. O comandante espera mais uma viatura de combate a incêndios florestais, e afirma que, “com esta aquisição a frota ficará completa”, apesar de identificar outras carências da Associação, nomeadamente equipamentos mais modernos e adequados para determinadas situações. Alberto Mendes reforça que “as ajudas concedidas pelos privados e Câmara Municipal da Nazaré são imprescindíveis para a sobrevivência da Associação”.O comandante realça que os BVN “estão sempre prontos e preparados para ajudar a população, em qualquer circunstância”, apesar de confessar que por vezes “a população, em situação de desespero, é pouco compreensível com os bombeiros, chegando em alguns casos a agredir-nos verbalmente”. Adianta ainda que “os bombeiros não merecem algumas atitudes, mas respeitam o momento de aflição e incompreensão das pessoas”. Alberto Mendes, diz que “a compreensão tem de ser uma das capacidades dos bombeiros para evitar qualquer discussão”, reforça também que “os bombeiros tentam sempre desempenhar o trabalho da forma mais rápida e eficiente possível”.