Orlando Rodrigues enquanto expunha uma resenha histórica sobre a Nazaré4 a favor, 1 abstenção e 18 votos contraApós uma apresentação das razões legais, históricas, sociais e económicas que podem levar a Nazaré a ascender a cidade, a proposta do GCI – Grupo de Cidadãos Independentes, que defende o estatuto de cidade para a Nazaré, foi “chumbada” na última Assembleia Municipal, com 18 votos, do PSD, PS, BE e deputado municipal independente, Mário Sousinha.A proposta contou apenas com os votos favoráveis dos quatro deputados municipais do GCI.“A Nazaré tem todas as condições e todos os requisitos para ser elevada a cidade”, começou por dizer Orlando Rodrigues, do GCI, que defendeu a proposta já há tempos apresentada no executivo municipal.
“O importante é o desenvolvimento e não a cidade”, disse Frederico Martins da CDU, que optou pela abstenção por considerar não “ver vantagens” na mudança.Bruno Vidal, pelo PSD, disse também não ver as vantagens do estatuto de cidade, e defendeu, para já, a continuação do conceito de “vila piscatória de grande turismo”.“Discussão vazia” e “proposta populista”, frisou Fábio Salgado, do Bloco de Esquerda, concluindo que “com tantos problemas que a Nazaré vive, não é prioritário discutir se deve ou não ser cidade”.Apesar de considerar que “não é por decreto que se resolve nada”, Abílio Romão, do PS, defendeu, que “é a trabalhar que mudamos tudo! Cascais é vila, Sintra é vila e prepara-se para passar à frente da capital. Devíamos era estar a discutir o desenvolvimento!”“A Nazaré tem tudo isto, mas não tem nada”, disse Mário Sousinha, referindo-se aos requisitos necessários para a elevação a cidade, ao mesmo tempo que considerou não estarem criadas as condições. Nova intervenção de Orlando Rodrigues após a votação deixou bem clara uma “ameaça”: “Quer vocês queiram, quer não, eu hei-de (o GCI) há-de pôr mais um castelo naquele brasão – afirmou, de dedo em riste, apontando para o projector onde ainda era visível o brasão da Nazaré, após dirigir-se um a um a todos os deputados que se tinham pronunciado sobre aquele ponto. As palavras subiram de tom e chegaram mesmo a azedar quando o deputado se dirigiu a Mário Sousinha, ex-líder da bancada do GCI que afirmou continuar a concordar com o programa dos Independentes, sufragado nas últimas autárquicas, mas recordou que neste podia ler-se “criara as condições para a elevação da Nazaré a cidade” e acrescentou”Nazaré a cidade, sim! Nazaré a cidade a qualquer custo, não!”Sem aceitar o veredicto da votação da Assembleia e após ter “atropelado” a deliberação da Câmara sobre este assunto, o Grupo de Cidadãos Independentes, reclamando democracia, promete sair à rua para recolher assinaturas e levar o assunto à Assembleia da República, sem sequer aventar a hipótese de por Referendo auscultar a opinião dos Nazarenos.
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