A arte xávega, um dos mais tradicionais tipos de pesca da Nazaré, regressa ao areal nas tardes de sábado, a partir do próximo dia 17 e até final de Junho.Promovida pela Câmara Municipal da Nazaré e pela Região de Turismo Leiria/Fátima, em colaboração com a Associação Comercial, Industrial e Serviços local, esta iniciativa consiste na reconstituição dos rituais da arte xávega, que caiu em desuso nas últimas décadas devido à evolução tecnológica e dos novos contextos económicos e legais do sector.
A recriação é feita por uma companha local que chegou a praticar esta arte. Como noutros tempos, as redes são lançadas ao mar pela manhã em zonas ao largo da costa, designadas por “lances” (conhecidos pelos pescadores a partir dos chamados enfiamentos dos sinais de terra e de mar). Ao final da tarde, dá-se o alar das redes – puxadas, a partir de terra, por pescadores e peixeiras, naquele que é o momento mais emblemático da arte xávega. O peixe capturado é, posteriormente, vendido numa improvisada lota de praia, em frente à Praça Sousa Oliveira, reconstituindo também os antigos processos de venda, com o tradicional “chui”, o sinal que arrematava a compra.Preservar a memória colectiva através da divulgação da cultura marítima, contribuindo para o reforço da identidade local, é o principal objectivo da reconstituição da arte xávega, que se tornou igualmente, nos últimos anos, num dos principais cartazes turísticos da região.A arte xávega realizar-se-á aos sábados, até final de Junho, se o estado do mar e as condições atmosféricas o permitirem. O ponto alto desta recriação tem lugar pelas 17 horas, com o alar das redes no areal, na zona em frente ao Posto de Turismo da Nazaré.
0 Comentários