Editorial 119É preciso coragem para mudar. Todos nos queixamos da nossa vidinha, da nossa pequenez e da pobreza que existe entre as gentes da nossa terra, bem ao nosso lado. Todos temos o discurso do progresso, da necessidade de investimento, da necessidade de apostar na qualidade dos serviços, na formação dos recursos humanos, na qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos…No entanto, sem iniciativas, sem projectos, sem investidores e sem trabalho, nunca poderemos atingir o tão almejado desenvolvimento que todos apregoamos.A nossa História, enquanto Nação, está recheada de “velhos do Restelo”, sempre carregados com o fardo pesado do cepticismo e do medo da mudança, alertando para os perigos que se escondem atrás de cada iniciativa que pode mudar o nosso pequeno mundo.

Muito se tem escrito sobre o Hospital Oeste Norte, cuja construção semeou a discórdia entre autarcas de municípios vizinhos, cabendo à Nazaré desejar, apenas, que ele seja construído o mais perto possível. Todos se queixam da falta de valências no campo da saúde. Todos os municípios tremem perante o hipotético encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), à imagem do que tem acontecido em vários lugares do país. Se investidores privados quiserem apostar num Hospital aberto ao público, com protocolos estatais, não será essa a resposta a algumas das nossas necessidades?A concorrência entre municípios é grande e nem sempre leal… Porquê a Nazaré? Perguntaram alguns órgãos de informação e alguns presidentes de Câmara, no intuito de demoverem os investidores de trazer o avanço tecnológico e mais saúde para a Nazaré…Como diz o povo “as oportunidades agarram-se pelo cabelos”, antes que fujam!