Maria Martins (ao centro) da C.C.Luso Israel e Presidente da CMN firmaram protocoloCâmara da Nazaré e Câmara de Comércio Luso-Israel celebram protocoloClara BernardinoOntem, dia 13 de Maio, pelas 10 horas, foi celebrado um protocolo entre a Câmara Municipal da Nazaré e a Câmara de Comércio Luso-Israel, no SANA Lisboa Hotel, com o intuito de formalizar as conversações entre as partes e com vista à possível construção de uma “Unidade de Saúde”, na Nazaré, após votação, por unanimidade, na última reunião do executivo camarário.A proposta do protocolo, agora celebrado, foi amplamente discutida pelos vereadores que se mostraram surpreendidos com as notícias divulgadas pela imprensa escrita nacional, durante o fim-de-semana anterior à reunião de Câmara.

Jorge Barroso, presidente da Câmara Municipal, explicou que as reuniões com a Câmara de Comércio Luso-Israel tiveram como ponto de partida o contacto feito pela Empresa Municipal “Nazaré Qualifica”, cujo principal objectivo é captar investidores.Reinaldo Silva questionou se o novo Hospital iria competir com o Hospital da Confraria e com as clínicas, criticando, de passagem, a acção da empresa municipal, que, segundo as suas palavras, “está a alargar o leque e faz tudo, menos o que deve.” António Salvador adiantou que “a fazer-se, este será um grande Hospital a nível ibérico, pois é conhecida a tecnologia de ponta na área da medicina israelita. Há a intenção de trazer para a Nazaré valências a nível da oftalmologia, cardiologia, investigação e preservação crioestaminal”.Para Trindade, é importante um Hospital com boa qualidade de serviços na Nazaré, sem esquecer a negociação a nível de protocolo com algumas clínicas, de forma a oferecer mais valências aos munícipes.Vítor Esgaio afirmou compreender algumas das considerações feitas pelos vários vereadores e recordou que um protocolo é o ponto de partida para as conversações.Em declarações ao Região da Nazaré, Maria Martins, presidente da Câmara de Comércio Luso-Israel, afirmou que a Câmara que representa é intermediária entre a Câmara da Nazaré e os Investidores que, após a celebração do protocolo, vão constituir uma Sociedade Anónima portuguesa para a construção deste Hospital. Segundo as suas palavras, os capitais são privados, mas o Hospital será aberto à população, celebrando protocolos estatais para servir a população da Nazaré e da região. Este investimento poderá ultrapassar os 100 milhões de € e serão necessários cerca de 400 mil metros quadrados para construir o Hospital, a Residência de Assistência Permanente e uma Faculdade de Medicina de carácter internacional, com um departamento de pesquisa nas áreas da investigação molecular e da criopreservação.Sobre a existência de outros hospitais cuja construção se deveu a capitais privados, Maria Martins destacou o Hospital Albert Einstein, em S. Paulo, no Brasil, que, ultimamente, tem estado à frente da investigação para a cura do “Dengue” e que tem, por um lado, a vertente do “ensino da medicina” e, por outro, a da pesquisa.A presidente da Câmara de Comércio Luso-Israel confirmou, ao Região da Nazaré, que o contacto com a empresa municipal “Nazaré Qualifica” foi o ponto de partida para uma visita à Nazaré e o entabular das conversações. Contactada por duas Câmaras da região que pretendiam ver este investimento nos seus concelhos, Maria Martins afirma em relação à Nazaré: “ Se houver bons investidores, a Nazaré pode transformar-se numa espécie de Mónaco! Já temos o rochedo, agora, é preciso investir e apostar na qualidade e nos serviços.”Se as conversações com a Câmara da Nazaré correrem bem e os trabalhos andarem a bom ritmo, a nova Unidade de Saúde poderá ser inaugurada em 2012.Em declarações ao Região, Jorge Barroso considerou que se trata de “um investimento que abre muitas e grandes oportunidades à Nazaré e à região. Há um processo negocial que é preciso ponderar para que as coisas sejam boas para os dois lados: para a Nazaré e para os investidores”.Hospital ALBERT EINSTEIN em S. Paulo A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein nasceu numa reunião entre médicos e empresários no escritório do professor Dr. Manoel Tabacow Hidal. Foi na noite de 18 de Abril de 1955. A comunidade judaica radicada em São Paulo queria retribuir o acolhimento brasileiro com a construção do um centro hospitalar de alto nível, que atendesse todos sem distinção de raça ou credo. O terreno foi doado por Ema Gordon Klabin e o pedra fundamental foi lançada por Hans Einstein – filho de Albert Einstein – em Setembro de 1958. O prédio, assinado pelo arquitecto Rino Levi – premiado pelo Instituto de Arquitectos do Brasil. O Albert Einstein foi o primeiro hospital fora dos Estados Unidos a ser aprovado pela Joint Commission of International Accreditation.