O executivo decidiu, por unanimidade, manifestar às entidades competentes a sua vontade A Câmara Municipal da Nazaré reiterou o seu interesse em participar na gestão do porto de pesca e na lota locais, no âmbito do projecto de reorganização das zonas portuárias previsto pelo Governo., «tendo em conta que se tratam de entidades estruturantes para o desenvolvimento sectorial da fileira da pesca e do turismo, assentando numa filosofia de proximidade e numa gestão integrada do sector marítimo-portuário».
No documento aprovado, a Câmara Municipal da Nazaré defende a pesca como «um dos pilares da realidade sócio-económica» do concelho, actualmente fragilizado pela «actual situação de escassez de recursos, falta de valorização do pescados e consequentes baixos rendimentos dos pescadores». E, em simultâneo, lembra a importância do mar como base da matriz turística da Nazaré, considerando que «existe uma significativa tendência para a evolução das ofertas turísticas na área do ecoturismo e dos desportos náuticos».Neste contexto, considera a autarquia nazarena que «o Porto de Pesca e da Docapesca desempenham competências fundamentais no desenvolvimento da fileira das pescas e do turismo» e, por isso, «exigem uma preocupação emergente por parte do Município no desenvolvimento e sustentabilidade destes sectores».A Câmara Municipal da Nazaré defende uma «posição de intervenção na gestão da Docapesca», actuando como «entidade orientadora dos vários interesses locais da fileira pesca» e recorda as conclusões do estudo do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos sobre as Orientações Estratégicas para o sector Marítimo-Portuário, que apontam para a delegação da gestão e exploração dos portos de pesca nos municípios ou associações de municípios.Já em 2007, o executivo nazareno já havia manifestado o seu interesse em encetar contactos com diversas entidades com vista à definição de um novo modelo de gestão para o porto de pesca local. Também o Estudo de Reflexão e Enquadramento Estratégico para o Porto da Nazaré, encomendado pela Câmara Municipal, aponta o papel do Município enquanto “agente dinamizador” de uma nova relação entre o porto e a comunidade, visando a criação de sinergias potenciadoras de desenvolvimento.
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