Fonseca Ferreira alerta para os perigosO presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) alertou para os perigos do desordenamento na região Oeste, caso fossem licenciadas todas as propostas para novos empreendimentos turísticos.“Podemos correr o risco de uma nova onda de desordenamento e esta é mais expansiva porque não é só na faixa litoral nem nos meios urbanos, mas é também em espaços agro-florestais”, afirmou o presidente da CCDR-LVT, Fonseca Ferreira.
O responsável disse que estão a ser licenciados empreendimentos suficientes para os próximos anos alertando que “não se pode criar a ilusão de todos quererem os mesmos ‘resorts’ turísticos e haver uma homogeneização do território”.Para Fonseca Ferreira, a serem aprovadas todas as propostas apresentadas à CCDR, essa seria uma situação que iria causar “um retalhamento do território, particularmente a partir do momento em que estas novas modalidades de turismo estão em espaços agro-florestais”, explicou após uma reunião do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) Oeste e Vale do Tejo.“O que está licenciado não é demais, o que estão sobre as nossas mesas é que seria demais”, concluiu Fonseca Ferreira, exemplificando que há dois anos havia propostas para 40 mil novas camas e que actualmente essas propostas ascendem a 300 mil.O PROT vai definir o uso, ocupação e transformação do território do Oeste e Vale do Tejo, numa zona que abrange mais de 800 mil habitantes distribuídos por 8.792 quilómetros quadrados e 33 municípios dos distritos de Leiria, Santarém e Lisboa. CB
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