14 Mortos por cada 100 mil habitantesCarlos BarrosoO secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, admitiu, no dia 31 de Outubro, que a intervenção no IC2 “é o maior desafio no distrito de Leiria”, sobretudo para resolver a elevada sinistralidade rodoviária nesta via. Em Porto de Mós, onde presidiu à cerimónia de assinatura do contrato para o Estudo Prévio do troço de 35 quilómetros do IC2, antiga EN1 entre Venda das Raparigas (Benedita) – São Jorge (Porto de Mós), Paulo Campos admitiu preocupação com o número de mortos no distrito de Leiria resultantes de acidentes de viação.
“Leiria está acima da média nacional em termos de sinistralidade rodoviária. Em Leiria há 14 mortos por cada 100 mil habitantes, quando a média em Portugal é de oito por cada 100 mil habitantes”, disse o secretário de Estado Adjunto, associando a diferença “ao que acontece no IC2”, justificando a intenção do governo de “avançar rapidamente com as intervenções” no traçado.”O IC2 é o nosso maior desafio no distrito de Leiria. Está dentro das nossas preocupações por vários motivos, mas em primeiro lugar devido à sinistralidade rodoviária”, sublinhou Paulo Campos.O governante responsabiliza o intenso volume de tráfego de veículos de passageiros e mercadorias, a construção de habitações e indústrias e os inúmeros cruzamentos e entroncamentos pelo “aumento muito claro das manobras perigosas e um intenso atravessamento de peões na via”.Tudo isto, diz, faz com que “o IC2 hoje seja uma das estradas com piores índices de sinistralidade em Portugal”.O secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações falou ainda de duas pretensões dos governantes da região: a construção do IC9 – ligação entre Tomar e Nazaré – e do IC36 – ligação entre as auto-estradas A1 e A8.”Em 2008 vamos avançar com o lançamento da obra do IC9 entre Nazaré e a EN1 e também vai haver novidades sobre a estrada entre a EN1 e Ourém, nomeadamente na alteração e exploração desses traçados”, disse Paulo Campos.Sobre o IC36, afirmou, “o trabalho está terminado”, faltando apenas a avaliação ambiental. “Logo que ela esteja disponibilizada, estaremos em condições de poder lançar o concurso para a obra”, referiu.O próximo ano será, defende Paulo Campos, “extremamente importante em termos de em termos de decisões relativamente ao IC9, IC36 e IC2”. Nestes três casos, “existirão novidades em 2008 que possibilitarão que essa obra se possa vir a concretizar num breve prazo”, concluiuDados do Governo Civil confirmam2007 Com menos mortes nas estradas do DistritoDesde Janeiro de 2005 até ao passado mês de Outubro morreram no IC2 55 pessoas e 112 sofreram ferimentos graves. O troço daquela via onde se registou o maior número de vítimas está o concelho de Pombal. Nas restantes estradas do distrito morreram, no mesmo período, 61 pessoas.Em segundo lugar, surge o troço do IC2 no concelho de Alcobaça, com o registo de 11 mortos e 10 feridos graves, na sequência de 10 colisões e um despiste. Na mesma via, mas no concelho de Leiria, registaram-se desde Janeiro de 2005 até ao passado mês de Outubro, seis mortos – três por atropelamento e três por colisão -, e 26 feridos graves. Em 2005 e 2006, nos oito pontos negros sinalizados pelas forças de segurança – IC2, Estrada Nacional 242 e na Estrada Nacional 109, designadamente no cruzamento de Turquel, Alcobaça, Outeiro da Ranha, Pombal, e cruzamento da Azóia, registaram-se seis mortos, 11 feridos graves e 54 vítimas ligeiras. Entre Janeiro deste ano e o passado mês de Outubro, morreram nas estradas do distrito 61 pessoas, menos nove que em igual período do ano passado contam-se 160 feridos graves, menos 16 em relação ao ano transacto e 2489 feridos ligeiros, 107 menos comparativamente ao ano passado, segundo os dados relatados pelo Governo Civil de Leiria.
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