Reinaldo Silva e Jorge Barroso em clima constante de picardiaJorge Barroso acusado de promover “social bufismo”Reinaldo Silva, ex- Vice- Presidente da Câmara Municipal, acusou o Presidente do Executivo Camarário, Jorge Barroso, de promover o “social bufismo” entre os funcionários da Câmara. No cerne da discussão esteve a não renovação do contrato a uma animadora escolar em Fanhais, que, alegadamente, terá feito comentários menos apropriados. Segundo Reinaldo Silva, os funcionários da Câmara têm medo de falar pois temem pelos seus postos de trabalho e o “lambebotismo de alguns, que têm prioridade sobre os outros, deve ser repelido” e acrescentou que “há um ambiente de cortar à faca”.

Apesar de o ex número dois da bancada laranja reconhecer ao Engenheiro Jorge Barroso o atributo da “pacificação nazarena”, ao longo dos últimos catorze anos à frente da Câmara Municipal, afirmou que “o poder instala vícios e acaba com os atributos individuais”.Para o Vereador Reinaldo Silva, também os avençados da Câmara deveriam passar a contratados. Também o Grupo de Cidadãos Independentes já questionou, por diversas vezes, a situação dos contratados e das pessoas que, apesar de exercerem a sua actividade continuadamente na Câmara Municipal há mais de cinco anos, continuam a “recibo verde”, ou seja, são “falsos tarefeiros” que permanecem sem qualquer vínculo à Função Pública.António Trindade, líder do Grupo de Cidadãos Independentes (GCI), questionou a criação de um lugar no Quadro para Relações Internacionais, cujo concurso decorreu sem qualquer comunicação prévia ao restante executivo, chegando mesmo a aconselhar a “anulação do concurso”. Reinaldo Silva corroborou esta posição de Trindade e acrescentou que “o lugar de Relações Internacionais é, segundo muitos, um dois em um”, ressaltando a agilidade e rapidez do concurso e a relação familiar entre o alegado “Chefe de Gabinete” do Presidente e a pessoa que vai ocupar o lugar na área de Relações Internacionais, que considerou ser desnecessário para uma Câmara como a da Nazaré. Tal como o líder do GCI, o ex Vereador laranja aconselhou o Presidente da Câmara a anular o concurso, apesar de reconhecer que este terá decorrido, certamente, segundo os trâmites legais, mas ressaltou que a imagem da Câmara é posta em causa sempre que ocorrem situações de injustiça, pois enquanto uns não vêem os seus contratos renovados, há abertura de lugares em áreas pouco necessárias à realidade do concelho da Nazaré.O Presidente da Câmara ripostou que alguns contratos tinham chegado ao fim não se tendo verificado a necessidade da sua renovação e garantiu que “o clima de justiça vai prevalecer”.