No Porto de Abrigo da Nazaré Arrastões e outras embarcações de maior porte encalham na entrada do porto de abrigo da Nazaré, o que leva ao representante dos armadores a pedir com carácter de urgência dragagens de fundo naquele equipamento. A situação agrava-se principalmente durante as marés baixas, o que leva os donos dos barcos a só utilizarem aquele porto na maré-alta, ou por outro lado, optam por não descarregar o pescado na Nazaré devido ao perigo para a navegação que a entrada do porto representa.

Também a parte turística está ameaçada, já que os grandes veleiros deixam de atracar no porto de abrigo, que nunca fechou, mesmo com dias de grande tempestade, mas que agora ameaça, se não for feita uma intervenção. Ciente deste problema está o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) que tem um plano de dragagem do porto, que este ano promete avançar, apesar de estar previsto desde a sua abertura. O caso do arrastão “Albama” que saia para a faina, por volta da meia-noite, foi a gota de água, já que quando encalhou na zona dos passadiços, teve de esperar pela subida da maré para se fazer ao mar. Um outro caso idêntico ocorreu em Março, com um outro arrastão que entrava no porto e que teve de ser rebocado para águas mais profundas. Segundo o mestre Bruno Vidal, presidente da Associação de Armadores e Pescadores da Nazaré e deputado municipal, “a navegação no porto de abrigo é cada vez mais perigosa, colocando vidas e bens em risco, por falta de dragagem, o que origina por vezes o encalhe das embarcações de médio e maior porte”.

Segundo aquele responsável que já apresentou uma moção na Assembleia Municipal da Nazaré, “há zonas em que, durante a baixa mar, se tem apenas 30 a 40 centímetros de água”, o que impossibilita de todo a navegação de embarcações de maior porte”, que podem ainda sofrer danos no calado ou mesmo na hélice.CB