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Concerto épico comemorou os 12 anos de elevação a cidade

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Momentum Perpetum em Alcobaça David Mariano Há 12 anos Alcobaça era elevada a cidade e 12 anos depois um concerto da Momentum Perpetum, Orquestra de Jovens de Portugal, elevou a cidade ao espírito do melhor que pode (e deve) ser a comemoração de uma data de aniversário. Foi no Cine-Teatro de Alcobaça, no último dia […]
Concerto épico comemorou os 12 anos de elevação a cidade

Momentum Perpetum em Alcobaça David Mariano Há 12 anos Alcobaça era elevada a cidade e 12 anos depois um concerto da Momentum Perpetum, Orquestra de Jovens de Portugal, elevou a cidade ao espírito do melhor que pode (e deve) ser a comemoração de uma data de aniversário. Foi no Cine-Teatro de Alcobaça, no último dia 30 de Agosto, e os jovens que compõem este projecto (em cima do palco eram cerca de 70 músicos de vários pontos do país e eram mais seguramente dos que se encontravam na plateia) mostraram como a música clássica pode ser um verdadeiro acto de celebração musical descomplexado e informal: todos eles, maestro incluído, vestiram a camisola amarela (ou melhor: uma t-shirt) e não vamos dizer que a suaram, preferimos dizer que deixaram tudo em “campo”.

Parte das culpas têm sido atribuídas ao “mestre” Martin André que em Abril de 2006 estagiou com esta orquestra e formou um grupo forte e coeso (poderíamos acrescentar a palavra “clube”, já eles falam em “família”: é o que vem no programa), o qual o inglês não mais quis largar. Deram um primeiro concerto em Aveiro durante o Verão do ano passado, daí seguiram para a Casa da Música (anfitriã dos ensaios e do concerto do encontro de Dezembro) e no dia de ano Novo acabaram a actuar para mais de novecentas pessoas, durante duas horas, com direito a gravação e transmissão na Antena 2. Parecem miúdos, é certo, mas tocam como gente adulta -e quem fechasse os olhos não ia notar a diferença (ou pelo menos, nós não notamos). Só o repertório chegava para assustar qualquer músico com reputação: o italiano Giuseppe Verdi (abertura da ópera “A Força do Destino”), o checo Bedrich Smetana (“Moldava” de “A Minha Pátria”) e o russo Tchaikovsky (medo dos medos: “O Lago dos Cisnes”). Não satisfeitos com a interpretação e a universalidade de tais temas, houve ainda nesta orquestra quem tivesse o desplante de compor uma obra original: CO2, da autoria de Eduardo de Sousa, com a atrevida idade de17 anos e aluno de violino do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga (e no mínimo sentiu-se ali algo de muito promissor). Com t-shirt ou sem t-shirt, com problemas de acne ou sem problemas de acne, nascidos em Lisboa ou na Pampilhosa da Serra, o que assistimos foi a um rigorosíssimo e disciplinado concerto onde o amadorismo apenas se detectou na juvenilidade dos intérpretes e a execução mostrou profunda vocação profissional. Percebe-se igualmente a razão porque este conjunto de jovens decidiu apelidar-se Momentum Perpetuum (há neles uma vontade de prolongar o desejo de tocar indefinidamente, ou seja, “perpetuando o momento”) e confessamos: não imaginávamos que houvesse coisas destas em Portugal a demonstrar tamanho empenho e qualidade (os “Morangos com Açúcar” não moram aqui). Quem não mostra esse entendimento, segundo uma nota lida por uma das jovens ao público, é o Ministério da Cultura e o Instituto das Artes que lhes têm recusado qualquer tipo de apoio (e apetece dizer que é um escândalo, mas dizemos mais: é dar o sinal errado à cultura juvenil). Nada que os demova e eles até estão apostados em continuar; como o comprova os três encores que cumpriram (faltou pouco para isto se tornar num espectáculo rock) ou a vontade de continuar do maestro Martin André que nem após o último acorde se apercebeu que tudo tinha terminado, que a música já tinha chegado ao fim. Foi o momento de maior cumplicidade entre a orquestra e o público: todos se riram e ninguém queria ter ficado por ali. Nós também não (e talvez este seja o melhor elogio que lhes possamos de deixar).

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