Independentes propõem Inspecção às Contas da Autarquia

O Grupo de Cidadãos Independentes, representado pelos vereadores António Trindade e António Salvador propuseram a votação de uma Proposta de inspecção às contas da Autarquia pelos Órgãos de Controlo Interno de Inspecção que tutelam as Autarquias Locais, nomeadamente a Direcção-Geral das Autarquias Locais, e ainda que fosse dado conhecimento desta proposta ao Presidente da Assembleia Municipal e ao Presidente do Tribunal de Contas.

A Inspecção às Contas da Autarquia foi votada por unanimidade. Até ao momento, os diferentes Vereadores da oposição não viram as suas dúvidas satisfeitas quanto ao Relatório de Contas apresentado na Reunião de Câmara de dia 16 de Julho, e no qual parecia haver um acréscimo de 8 milhões de Euros de dívida referentes a este ano. Este dado foi questionado pela Dr.ª Ivone Carreira (Economista), número 3 da lista do Grupo de Cidadãos Independentes (GCI) à Câmara Municipal nas últimas autárquicas, que substituiu António Salvador em duas reuniões de Câmara durante o mês de Julho. Segundo as palavras do Economista da Câmara, Dr. Luís Macedo, os dados do ano correspondem à realidade, contudo, como houve uma desagregação do sector que antes compreendia o desporto, a cultura, o turismo e as colectividades, o lançamento dos documentos tem vindo a ser feito, progressivamente, de Janeiro a esta parte, tendo transitado um montante de cerca de nove milhões de euros de 2006 para 2007. Reinaldo Silva afirmou que gostaria de ver reflectido o “despesismo” no Relatório de Contas da Autarquia apontando como exemplo os almoços do “Dia do Pescador” e do “Dia da Criança”. Acusou, ainda, o Presidente da Câmara de fazer estas despesas como forma de “caça ao voto”. Adiantou também, após as explicações do Economista da Câmara, que o Relatório não tem discussão, pois trata-se de despesas transitadas. Jorge Barroso ripostou que não precisa de “caçar votos” e optou por não responder às picardias do seu ex-número dois. Ainda sobre o “despesismo”, Trindade questionou o Presidente sobre a hipótese adiantada por um jornal local de que já há um Assessor. Barroso retorquiu que o Executivo deve ser coerente: ou o Presidente governa sozinho, já que os Vereadores vieram a público dizer que não aceitavam pelouros, ou terá que se socorrer de outras formas de governar, designadamente de “assessores”. Foi igualmente referido que a Câmara pretende abater 900 mil euros, por ano, para abater a dívida global, que ronda cerca de 20 milhões de euros.