Jorge Barroso com a Embaixada Japonesa

Nazaré e Zushi reforçam ligações através da “JapanNet”

Município da Nazaré representado em jantar com embaixador japonês

A Câmara Municipal da Nazaré (CMN) foi uma das instituições presentes no passado dia 4, na primeira reunião “JapanNet”, uma iniciativa promovida pelo Embaixador do Japão em Portugal. Na reunião, que decorreu na residência oficial embaixador, em Lisboa, participaram cerca de 20 entidades com actividades ligadas à promoção da cultura e tradição japonesas e às relações históricas Portugal/Japão.

A Associação de Amizade Portugal-Japão, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Japonesa, as Fundações Oriente e de Passos Canavarro, a Associação Wenceslau de Moraes, a Confraria Atlântica do Chá e a Associação Lusitana de Bonsai foram algumas das instituições presentes, bem como os municípios de Aveiro, Cascais, Sintra e Nazaré, que mantêm geminações e acordos de amizade com cidades japonesas. Segundo o embaixador Satoshi Hara, a criação da “JapanNet” surge pela “necessidade de pôr em contacto estas diferentes organizações, partilhar informação e experiências” e, assim, potenciar a divulgação do património cultural do Japão no nosso país. “Apesar de termos uma relação histórica de séculos, a cultura japonesa em Portugal está sobretudo associada a manifestações como o origami ou o ikebana (arte floral), mas é muito mais profunda do que isso”, declarou o Satoshi Hara. Nesta reunião, a vice-presidente da CMN, Mafalda Tavares, apresentou o acordo de amizade entre a vila portuguesa e a cidade de Zushi. As duas localidades – que partilham o facto de serem pequenas comunidades situadas à beira mar, com porto de pesca e de recreio, e grande procura turística – iniciaram em 2004 um intercâmbio de carácter cultural e científico, com recurso às novas tecnologias de informação. Desde então, alunos da Escola 2,3 Amadeu Gaudêncio têm mantido contacto, via Internet, com estudantes do liceu Numama, de Zushi. Por seu lado, os dois municípios pretendem continuar a promover trocas de informação e know-how ao nível das estratégias de desenvolvimento nos sectores das pescas e do turismo. “Nazaré e Zushi desenvolveram uma interessante forma de intercâmbio, barata, rápida e eficiente, através das novas tecnologias da informação”, salientou o embaixador japonês, considerando que, devido à distância geográfica entre os dois países e os custos de deslocação associados, “esta é uma estratégia de troca cultural a incentivar”. O embaixador referiu ainda que os jovens portugueses conhecem o Japão por aspectos de maior atractividade, como as artes marciais ou a banda desenhada “manga”, mas que estes intercâmbios permitem divulgar outros aspectos da cultura de ambos os países.