A Dra. Margarida Fialho abriu o Colóquio
E.B. 2,3 Sec. de S. Martinho do Porto
Clara Bernardino Com base num inquérito e em testes de aptidão física, realizados recentemente aos alunos da Escola Básica 2,3/ Sec. de S. Martinho do Porto, a Associação de Pais e os dinamizadores do Projecto “Escola Promotora de Saúde” promoveram um colóquio sobre “Hábitos Alimentares na Adolescência”, procurando reflectir sobre a perspectiva dietética, psicológica e psiquiátrica relativa aos hábitos e principais distúrbios alimentares da adolescência (anorexia, bulimia, obesidade, etc.)
Segundo a Dr.ª Margarida Oliveira, Psicóloga (GABIAP Caldas da Rainha), há muitos aspectos semelhantes entre o comportamento dos anorécticos e dos bulímicos: a recusa em manter o peso adequado à idade e à estatura; o medo intenso de engordar; a perturbação na percepção da forma; bem como os métodos adicionais que utilizam para perder peso. Sublinhou, no entanto, que os anorécticos nunca estão satisfeitos com a “sua escalada de perda de peso”, o que leva alguns episódios de anorexia a terminar em suicídio. “Não podemos confundir magreza com anorexia”, alertou – “É preciso que estejam determinados todos os critérios de diagnóstico”. A Dietista Catarina Henriques, do C. H. Caldas da Rainha, apontou como principais erros alimentares o pequeno-almoço inexistente ou incompleto, o consumo reduzido de produtos hortícolas, o consumo excessivo de açucares, gorduras, sal e refrigerantes, bem como a substituição das refeições tradicionais por “snacks”. Ainda segundo a mesma especialista, é vital o papel dos pais e da escola no processo da “educação alimentar”. Os bares e os refeitórios das escolas devem privilegiar uma alimentação saudável. “Um pacote de batatas fritas tem quase tantas calorias (300) como um prato de massa com carne (320), e o excesso de gorduras e sal tem consequências colaterais no organismo.” Uma alimentação saudável é aquela que contempla a “Roda dos Alimentos”, tendo em conta a quantidade, a qualidade e a variedade dos alimentos, pois “nós somos o que comemos” e uma alimentação correcta é importante em qualquer fase do desenvolvimento humano, mas, sobretudo na infância e adolescência, pois possibilita o crescimento e desenvolvimento adequados, contribui para as defesas corporais e também para o êxito escolar.
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