Augusto Mateus (ao centro) veio à Nazaré dar conta da sua visão para o futuro da região Oeste
Plano Estratégico do Oeste foi analisado na Nazaré Augusto Mateus esteve na Nazaré a reflectir e a debater o futuro que antevê para a região do Oeste na qual se integra o município da Nazaré A região Oeste deve contribuir para a afirmação da área metropolitana de Lisboa no contexto ibérico e europeu sem, contudo, correr o risco “de se tornar igual a outra coisa qualquer” e perder a sua identidade. Este é o principal desafio que se coloca ao Oeste nos próximos anos, de acordo com Augusto Mateus. O coordenador do estudo para elaboração do Plano Estratégico do Oeste esteve ontem na Nazaré, para apresentar algumas das reflexões desenvolvidas até à data.
Para Augusto Mateus, o Oeste deve apostar na manutenção da sua identidade territorial, num conceito de “ruralidade moderna”, em que a qualidade de vida se concilia com o contacto com a natureza. Valorização ambiental, criatividade que gere valor acrescentado e qualificação do território e de serviços, são, nesta óptica, os vectores estratégicos para uma região que “não pode insistir nas oportunidades perdidas», mas antes «olhar para aquilo que é importante no futuro”. Considerando o actual momento como “uma encruzilhada”, com a entrada do novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), Augusto Mateus alerta para a necessidade da reconversão dos sectores tradicionais, a criação de uma economia orientada para a antecipação dos gostos e necessidades do consumidor, e o aumento da competitividade e da internacionalização. No âmbito do Plano Estratégico do Oeste, e para efeitos de candidatura aos fundos comunitários, serão privilegiados os projectos que, apesar da especialização concelhia, tenham interesse numa lógica regional. “O Oeste não tem de ter muitos projectos, mas sim um número limitado de bons projectos”, afirma Augusto Mateus. Quanto ao futuro aeroporto internacional de Lisboa, um dos projectos que terá um impacto determinante na região, Augusto Mateus considera que “o Oeste tem de saber aproveitar as sinergias” da nova infra-estrutura, independentemente da localização. “O que interessa ao Oeste são os efeitos mais do que a localização. O problema não é tanto o custo da obra, mas como obter a melhor relação custo/benefício de um investimento desta envergadura”, sublinha. Construir um “Território Atractivo para Viver, Trabalhar, Investir e Visitar” é o principal objectivo do projecto “Oeste 2020”. Promovido pela Associação de Municípios do Oeste (AMO) em colaboração com a “Augusto Mateus & Associados”, visa definir uma estratégia de desenvolvimento para o território abrangido pela AMO e elaborar um plano de acção operacional que sustente as candidaturas aos fundos comunitários, tendo em conta as regras definidas para o período de programação 2007-2013. A sessão realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal da Nazaré inseriu-se no plano de acções de trabalho e procura de contributos por parte dos agentes locais de desenvolvimento. Neste sentido, é possível encontrar no website da AMO a “Plataforma Oeste 2020”, aberta à participação de toda a sociedade civil.
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