Liderança de Isabel Vigia alvo de contestação internaReunião da Comissão Política do PS da Nazaré não chegou ao fim por falta de quórum Na reunião para deitar contas aos votos das Autárquicas a líder Isabel Vigia ficou a falar sozinha devido a falta de quórum por abandono dos seus adversários internosAntónio PauloReunida no passado dia 26 de Outubro, com o objectivo de proceder à análise dos resultados eleitorais, a Comissão Política Concelhia (CPC) do PS, na Nazaré, acabou por não chegar ao final por falta de quórum, depois do abandono de 11 dos seus membros conotados com a oposição interna à presidente da Concelhia, Isabel Vigia e ligados à candidatura autárquica de João Benavente. Antes de abandonarem a reunião, os contestatários da liderança de Vigia entregaram uma declaração subscrita por 16 nomes, na qual afirmam que “não lhe reconhecem legitimidade política e moral” para “continuar à frente da Comissão Política Concelhia da Nazaré”.
Em causa, segundo o documento a que o REGIÃO teve acesso, estão “as posições públicas tomadas pela presidente da CPC Isabel Vigia, contra o PS e a sua candidatura autárquica” e alegados apoios daquela dirigente à lista de Independentes nas últimas eleições Autárquicas, em particular à candidatura de António Trindade à presidência da Câmara Municipal. Acusações, refutadas por Isabel Vigia, mas que João Benavente tem vindo a repetidamente a formular, afirmando possuir “provas concretas” desse comportamento.“Mau perder” é como Isabel Vigia classifica a atitude dos seus opositores internos, sublinhando que “para além de não terem nenhuma razão nas acusações que me fazem, revelaram má fé ao apresentarem aqui uma declaração assinada por camaradas, uns que não estavam presentes na reunião, e por outros, que nem sequer faziam à data, parte da Comissão Política Concelhia”. “Por exemplo, os camaradas João Benavente e Teresa Coelho, não tinham sido empossados nos seus cargos autárquicos à data da reunião da CPC, e portanto, não tinham direito a usufruir do estatuto de inerência como primeiros eleitos das listas à Câmara e à Assembleia, com a agravante de dias antes, depois de devidamente convocados, não terem comparecido a uma reunião do Secretariado da Comissão Política destinada a analisar os resultados eleitorais”, acusa Isabel Vigia, adiantando que “todos estes incidentes já foram comunicados às estruturas distritais e nacionais do partido para saibam o que se está a passar”.Afirmando-se “determinada em continuar à frente dos destinos do PS da Nazaré”, Isabel Vigia diz-se “tranquila e serena” e “disponível para trabalhar com quem quiser trabalhar para bem do PS”. “Temos pela frente uma grande desafio eleitoral que são as eleições presidenciais e temos de trabalhar muito para apoiar o dr. Mário Soares, o candidato apoiado pelo PS”, salienta a dirigente rosa que vai marcar para dentro de dias uma reunião do Secretariado da CPC para trabalhar precisamente o dossier “presidenciais”.
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