Água: Uma Herança a preservar norte e centroHÁ MUITO tempo que não se via nada assim. Dia após dia o panorama fica mais negro. A seca está a mostrar o seu lado dramático por todo o país. No Algarve são as laranjeiras que estão em risco, no Alentejo a imagem é sombria, as pastagens, os cereais com poucos centímetros de altura, as barragens secas, os mais de cinquenta mil novinos mortos assim mostram a calamidade da região. Na Região Centro a luta para preservar as culturas é de extremos sabe-se que a água pode vir a fazer falta, sobretudo no período de Verão, mas a rega das produções hortícolas e de forrageiras destinadas à nutrição animal que sofreram uma redução de quase cinquenta por cento é neste momento o único meio para as salvar. No Minho, os produtores de leite foram os primeiros a falar dos danos causados pela seca nesta região, apesar de esta ser uma zona de minifúndio e regadio e a humidade abundar mais por estes lados os agricultores já se queixam da dificuldade em arranjar alimento (forragens) para as enumeras cabeças de gado. Os agricultores transmontanos assistem a dias de apoquentação com a falta de chuva que se tem feito sentir, vêem condicionadas as próximas colheitas, algumas delas o único sustento de várias famílias. produção de cereja, maçã, pêra, figo e outros frutos que se encontram já em floração, se não chover o necessário transformam o ano agrícola numa catástrofe. Para a Associação dos Agricultores de Alcobaça e de acordo com afirmações de um Técnico Agrónomo dessa Associação esta situação ainda não está muito dramática para os Floricultores da região “estão sim preocupados porque não chove como o habitual e vão precisar de água no tempo de mais calor para as regas” e “se não chove os furos, charcos, e barragens podem ficar sem água” mas ” neste espaço de tempo as macieiras, pereiras e pessegueiros ainda não sofreram muito” mas como em tudo há contras as chuvas que já deviam de ter caído e ainda não começaram se aparecem agora em abundância ” acaba por ser complicado porque já é altura para se começarem com os tratamentos”. Mafalda AntunesNotícia completa na edição impressaSeca atinge mais