Daniel Adrião apresentou a sua candidatura ao cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS) no passado dia 4 de dezembro, em Alcobaça.
O sonho da liderança do PS, que já tinha sido dado a conhecer em 2016, 2018 e 2021, voltou a ser formalizado com a demissão de António Costa.
Sobre estes últimos dois anos de liderança de Antonio Costa, Daniel Adrião diz que foram 24 meses de “acidentes de percurso, com muitas baixas e 13 demissões no governo,e portanto tudo isso contribuiu para criar um ambiente de alguma desconfiança pela forma como o PS estava a levar por diante o seu projeto”.
O socialista garante que foi “alertando que era necessário fazer uma remodelação no governo, mudar alguns protagonistas, mas o camarada António Costa entendeu que não devia mexer no Governo e eu acho que ele cometeu, nessa matéria, alguns erros”.
O candidato diz que há um problema estrutural em Portugal com “uma mão de obra intensiva assente em baixos salários e isso impede que avancemos a uma outra velocidade. Precisamos urgentemente de fazer a transição para um paradigma assente no conhecimento intensivo, nos recursos humanos altamente qualificados e numa economia de algum valor acrescentado.”
A habitação é uma crise emergencial para o candidato à liderança do PS. “Essa é uma das razões que levam os jovens a sair, à impossibilidade de terem uma habitação digna, a preços que possam pagar com os ordenados que se pagam em Portugal, e este não é um problema que possam resolver com a atribuição de subsídios para ajudar nas taxas de juro. Isso não resolve o problema. Proponho um pacto de regime que obriga a que nos próximos 10 anos, 5% do nosso orçamento de Estado seja alocado à construção de habitação. Penso que com este programa conseguiremos estar ao nível dos melhores países da Europa. Temos o dever e o direito de lutar por isso.”
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