A CDU levou o caso à reunião de Câmara e pediu mais empenho da maioria PS na defesa dos interesses dos munícipes, apontando vários defeitos à decisão que aprovou esta empreitada.
“Para além da gestão urbanística, com a harmonia do ordenamento do território, com a implementação de uma estrutura desta natureza no meio de uma zona altamente residencial, com a coexistência de 3 hipermercados separados por escassas centenas de metros e em linha de vista da avenida, com os nocivos impactos para o pequeno comércio local, coloca-se à cabeça a defesa dos direitos, do bem-estar e da tranquilidade das populações também no que concerne ao período em que decorrem as obras”.
Os moradores contestam a forma ininterrupta como decorrem as intervenções no local, acrescentando que, nalgumas semanas “nem ao domingo cessam as intervenções, negando o direito ao descanso dos moradores”
A CDU acusa a Câmara Municipal da Nazaré de não atuar “em conformidade perante os atropelos em curso da referida obra”.
“Verificámos no local que as obras decorrem literalmente encostadas a certas habitações, inclusive o passeio público foi tomado pela obra, inviabilizando a normal circulação dos moradores e o acesso a ecopontos e parques infantis, em certos casos, colocando em risco a própria segurança daqueles munícipes”.
De acordo com a CDU, “os moradores queixam-se do pó, das constantes limpezas que têm que fazer e do consequente aumento do seu consumo de água; do ruído; da vibração contínua produzida por geradores, máquinas de perfuração do solo e terraplanagem; martelos pneumáticos a trabalhar ao fim de semana; pingos da tinta utilizada na pintura das estruturas metálicas nas borrachas de vedação das janelas de casas e em viaturas; da falta de visibilidade no entroncamento da rua Manuel Guimarães com a Av. de Badajoz, potenciando os riscos de acidentes. – Tudo isto, naturalmente, afeta a qualidade de vida dos moradores e, muito particularmente, aqueles que sofrem de patologias graves”.
A Câmara garante que a obra tem sido acompanhada pelos serviços, nomeadamente pela fiscalização.
“Está a ser controlada como todas as obras, por parte da fiscalização. Todas as obras têm os seus constrangimentos”, disse Walter Chicharro, acerca da obra.
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