“A população já não esconde o descontentamento, percebendo os reais objetivos deste PS que governa o município há cerca de 8 anos”, diz a CDU num comunicado onde acusa a maioria que governa a autarquia de não ter “uma definição clara para o desenvolvimento de um território que assegure o bem-estar das populações”.
A CDU acusa, ainda, o PS de se ter “escudado na desculpa da dívida herdada” para se declarar “impedido de dar as respostas sociais necessárias”, mas que “sempre foi dando para as muitas dezenas de viagens à volta do mundo, muitas sem qualquer justificação dada à Assembleia Municipal, e onde se gastaram muitos milhares de euros só em ajudas de custo – uma enorme imprudência quando se governa uma casa estruturalmente endividada”.
A coligação fala, ainda, de contradições, nomeadamente ao nível da Cultura para recordar o pedido de disponibilização dos equipamentos às artes e seus trabalhadores, uma das áreas mais afetadas pela pandemia, negados pelo PS, que alegou a preocupação com a saúde pública, mas que realiza “iniciativas desportivas de massas em plena praia”.
A coligação foi ao contrato entre o Município e a PBS, empresa com sede em Barcelona, para o acolhimento dos eventos internacionais de futebol de praia, para destacar o “principal estímulo para que estas entidades disponibilizem as referidas verbas é a dinamização económica, o aumento do consumo de água, maior atividade dos transportes urbanos e o aumento de receitas de estacionamento”, e acusar o mesmo de não ter em conta a exposição da comunidade a iniciativas de massas de cariz desportivo em plena época alta.
“Mais do que defender a economia através do exagero da promoção do território, devemos alertar para que mais tarde do que cedo condená-la-ão ao encerramento forçado porque é humanamente impossível controlar tanta gente e, por conseguinte, o agravamento da crise de saúde pública, eventualmente, acabará por acontecer”.
A CDU acusa o PS de “demagogia para confundir, manipular e acicatar as populações” e garante que a “indignação da população é já indisfarçável” justificada por inúmeros fatores, como “as dificuldades de circulação, caos no trânsito, obras de regime, concentradas em ano de eleições, soluções de estacionamento, cortes de abastecimento de água e ao colapso da rede de saneamento, pagos a peso de ouro pelos residentes”.
A “fúria privatizadora” do património público por parte da gestão da Autarquia é outra das criticas lançadas neste comunicado, onde se fala da “privatização de parte do Parque da Pedralva, campos de ténis e já falam também em privatizar a Lagoa do Valado, alienaram terrenos e edifícios, designadamente o antigo posto de Turismo”.
A CDU diz que o PS ficará conhecido por protagonizar o “único despedimento coletivo” de funcionários do grupo municipal, pela “perseguição a dirigentes sindicais” e fala em “degradação acentuada da democracia local”.
“A Nazaré, com este PS, acentuou o rumo de descaracterização e artificialização do território e das suas gentes, transformando-o num enorme circo” e aponta mais efeitos negativos à governação do Município, como “a debandada de centenas de munícipes por não suportarem os preços da habitação e do custo de vida no concelho ou “um certo crescimento económico, que deriva de uma mediatização extremada do território, apenas atinge um vetor de desenvolvimento e poucos são beneficiados”.
A coligação garante que do lado de medidas que contribuam para o bem-estar da população, a Nazaré está “longe dos objetivos mínimos”, referindo-se ao acesso à Habitação, à Cultura, à Educação, à Saúde, aos serviços públicos de qualidade e às funções sociais do Estado, mas também às condições de espera no novo Centro de Saúde, nomeadamente, pela Vacina da Covid-19. “São administradas menos vacinas diárias comparativamente a outros concelhos. Mas disto nada sabe e nada faz o executivo”, acusa a Coligação.
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