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Reclassificação do Monte de S. Bartolomeu como Monumento Natural de Interesse Nacional

JL

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A Câmara Municipal vai dar início ao processo de reclassificação do Monte de S. Bartolomeu como Monumento Natural de interesse nacional, estatuto que perdeu em 2008.

O local esteve classificado pelo seu interesse histórico, pelas ligações à lenda da imagem de Nossa Senhora da Nazaré; Interesse religioso, constituindo local de romagem e peregrinação; Interesse arqueológico, pela provável localização de um castro pré-histórico; e Interesse botânico, pelos elementos de vegetação espontânea que o rodeiam (Decreto-lei nº178/79, de 2 de maio).

O Decreto-lei nº 142/2008, de 24 de julho, que estabelece o regime jurídico da natureza e biodiversidade, revoga o que certificava a classificação do Monte (Decreto-lei nº 178/79, de 2 de maio), tendo o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade colocado em discussão pública o processo de reclassificação do Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu na tipologia de Monumento Natural”, em finais de 2010 (De 15.11 a 20.12. 2010)

Este processo deveria ter sido finalizado até outubro de 2012, com a reclassificação na tipologia de monumento natural.

“Uma vez que o prazo de dois anos para reclassificação cessou, e este Sítio Classificado acabou por perder a sua classificação, proponho a iniciação do processo de reclassificação do Monte de S. Bartolomeu, como Monumento Natural de interesse nacional”, informou Orlando Rodrigues, Vereador com competência delegadas no pelouro do Ambiente, autor da proposta que dá início ao procedimento.

O Monte de S. Bartolomeu localiza-se na freguesia da Nazaré, junto ao lugar de Pederneira. Trata-se de uma formação geológica ímpar na região.

A formação geológica redunda de uma ascensão magmática, datada do Cretácico superior, que gerou um gabro sub-ofítico de grão médio que se formou a alguma profundidade e que se verteu aflorante por erosão das rochas envolventes, ao longo dos tempos. Em analogia com outras estruturas ígneas que ocorrem nas áreas diapíricas da Bacia Lusitânia, estes domos eruptivos ter-se-ão constituído, beneficiando de uma fratura que se prolonga pelo diapiro das Caldas da Rainha desde Leiria até à zona de Óbidos. A rocha apresenta um grão fino de cor verde-escura com ligeira tonalidade acinzentada. O granulado é bem visível à lupa e distinguem-se os minerais félsicos dos máficos. Frequentemente ressaltam pequenos cubos de pirite.

O Monte de S. Bartolomeu ou de S. Brás detém uma altitude máxima de 156 metros e está envolvido por um extenso pinhal, que lhe confere interesse paisagístico. No seu topo localiza-se a Capela de S. Bartolomeu e S. Brás. Achados arqueológicos confirmam a ocupação castreja pré-romana do Monte de S. Bartolomeu.

Atualmente o monte de São Bartolomeu é rodeado por areias dunares e o extenso pinhal de Leiria sendo considerado, por isso, uma “ilha” de flora mediterrânica endémica, que se destaca do pinhal bravo dominante na região. As duas encostas do monte são bem distintas e os 32ha que constituem a antiga área classificada oferecem a inesperada diversidade de cerca de 150 tipos de plantas vasculares (dos quais 15 são endemismos ibéricos).

A encosta Este, mais abrigada, permite o desenvolvimento de maior quantidade e diversidade de vegetação, que atinge dimensões superiores àquelas que se verificam na encosta Oeste, mais exposta a vento e a calor mais intensos. Entre as espécies vegetais predominantes encontram-se o carrasco, o medronheiro e o aderno.

Na avifauna pode admirar-se o Peneireiro e a Águia de Asa Redonda.

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