O programa deste recital incluiu “Porque me não vês Joana”, “Já não podeis ser contentes”, canções do Cancioneiro de Elvas (século XVI), assim como “Ay linda amiga”, de autor anónimo também do século XVI, e ainda, entre outras obras, canções populares espanholas, recolhidas por Federico Garcia Lorca, designadamente “Zorongo”, “Las morillas de Jaen”, “Las tres hojas”, “ La tarara” e “Los reyes de la baraja”.
O recital em Aubergenville inclui igualmente obras de César Franck (1822-1890), “Panis angelus”, Franz Schubert (1797-1828), “Der Tod und das Mädchen” (“A morte e a donzela”), de Cláudio Monteverdi (1567-1643), “Sì dolce è’l tormento”, e composições para órgão de Jacques Boyvin (1653-1706) e António Correa Braga (século XVII).
No domingo, os dois contratenores apresentaram-se na basílica de São Martinho, em Tours, capital do departamento de Indre-et-Loire, no centro de França.
Em Tours foi apresentado um programa com algumas peças comuns ao de Aubergenville, nomeadamente as do Cancioneiro de Elvas, de Cláudio Monteverdi, César Franck e Franz Schubert, assim como a composição para órgão de António Correa Braga, a que se juntam outras, como as árias “Ombra mai fu”, de Georg Friedrich Handel (1685-1759), e “Speramza”, de Vicente Martín y Soler (1754-1806) ou a composição para órgão de Louis Vierne (1870-1937).
O contratenor Luís Peças tem atuado com regularidade em palcos europeus e norte-americanos. França tem sido o país onde o cantor lírico se tem apresentado mais vezes, tendo atuado, entre outros templos, na Catedral de Saint-Louis des Invalides, em Paris. O cantor tem-se apresentado em vários festivais acompanhado pela pianista Paulle Grimaldi e pelo Ensemble Barroco do Chiado.
Luís Peças iniciou os estudos musicais em 1985, na banda de música de Alcobaça, como oboísta. No ano seguinte, ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou aulas de canto com a meio-soprano de origem romena Liliane Bizineche. Paralelamente, trabalhou com professores como o baixo alemão Max van Egmond e a soprano norte-americana Jill Feldman, em cursos de interpretação de Música Antiga e, em 1999, aperfeiçoou o repertório barroco com o contratenor britânico Rodney Gibson.
O contratenor brasileiro João Paulo Ferreira iniciou a sua carreira internacional no verão de 2014, com o Nido Delas Artes International Opera Tour, tendo atuado no México, Panamá e Costa Rica. Ainda em 2014 estreou-se em Portugal, num recital com Luís Peças, no santuário de N.S.ª da Nazaré, na Nazaré.
João Santos é o organista oficial da Sé de Leiria, e diretor do seu coro. O músico iniciou os estudos musicais em 1996, no Seminário Diocesano de Leiria, e é licenciado em Música Sacra pela Escola de Artes da Universidade Católica do Porto, onde atualmente leciona Técnicas de Composição.
O organista tem estreado várias composições de sua autoria, entre as quais, “Summa Augustiniana” (2014), para coro, trombones, saxofone, sinos e órgão.
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