Para Paulo Inácio, estes resultados confirmam que o Município está “mais preparado para o próximo Quadro Comunitário de Apoio” e assumir obrigações contratuais do passado.
“Tínhamos que fazer uma recuperação económica, mas não deixou de haver investimentos”, explicou o autarca.
O relatório foi aprovado com os votos do PSD, a abstenção do PS e CDS e o voto contra da CDU, tendo a coligação e os socialistas criticado as opções de gestão de Paulo Inácio.
“O que os senhores vereadores da oposição não percebem é que a parte do investimento é definida por lei e de acordo com os fundos disponíveis, e estes têm de ser contabilizados com os contratos em vigor, ficando o remanescente como a única verba que pode ser canalizada para investimento”, respondeu o autarca às críticas da oposição.
Paulo Inácio diz sentir “orgulho” pelo saldo positivo superior a 5 milhões que apresentou no final de 2014, o que vai permitir “assumir obrigações contratuais do passado e avançar para investimentos mais avultados no âmbito do próximo quadro comunitário de apoios”.
A análise do PS às contas da Câmara é diferente. José Canha fala em falta de investimento por parte da atual gestão (PSD), adiantando que “o plano tem que ser executado com um diferencial mínimo de 20% e não pode se empolado, como no passado. A Câmara tem um orçamento de 34 milhões de euros, teve uma realização de 85% . Em termos documentais, houve melhoria, com mais tempo para o estudo dos valores, mas o orçamento, documento fundamental de aplicação de uma estratégia, não deve ser utilizado apenas para a gestão corrente, também deve ser aplicado em investimentos considerados prioritários, o que não foi feito”.
Carlos Bonifácio, do CDSPP, reconhece que houve “recuperação efetiva em termos financeiros” e que a taxa de execução foi “elevada”, mas “muita da recuperação financeira apresentada foi feita à conta do não investimento”.
“Só que quando há desinvestimento, as infraestruturas do concelho também se vão degradando”, defende o vereador.
Vanda Marques, da CDU, destaca que “mais tempo para ler os documentos”, mas critica o incumprimento de promessas. “A promessa de resolver a dívida à Caixa, dos Centros Escolares, as propriedades da Câmara, o caso dos antigos armazéns da empresa Raimundo e Maia e a ALE da Benedita” são, ainda hoje, assuntos não resolvidos.
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