Um dos prejudicados foi um camionista de profissão, Alexandre Alves, mas outros companheiros de profissão, que andam por outras zonas do país, como Santa Maria da Feira ou Turquel (Alcobaça) foram, igualmente, alvo de roubo.
Os ladrões levam gasóleo, baterias e deixam centenas de euros em danos às viaturas para chegarem ao seu objetivo. Muitas empresas começam a desesperar com os prejuízos e a incapacidade de por cobro à situação. A PSP já terá, segundo vários lesados, algumas participações para investigar.
Na Nazaré, e segundo Alexandre Alves, “o alvo são os camiões de transporte que se encontram estacionados”.
A este motorista, foram-lhe roubados gasóleo e duas baterias, no valor de 600 euros, totalizando o prejuízo nos 700 euros. “Qual não é o meu espanto, depois do roubo do combustível, que aconteceu no fim de semana durante a madrugada, que na quarta-feira dou pela falta das baterias”.
Para este profissional “quem efetua os roubos sabe o que faz. Não estamos a falar de amadores. É um profissional. Estamos a falar de uma peça que leva, à volta de, 25 minutos a montar, por um profissional. De noite, são necessárias duas a três pessoas para fazer aquele serviço”.
Estes casos são semelhantes aos registados em 2012, ano em que houve uma série de furtos do género, tendo os prejuízos ascendido aos milhares de euros.
“No meu camião, há um sistema próprio para retirar a bateria. Não é fácil dar com ele. Mas, a verdade, é que fiquei sem duas baterias”, diz o camionista para quem os casos que estão a acontecer na Nazaré “não são obra do acaso”.
O ‘modus operandi’ é semelhante à vaga de assaltos registada em 2012. Os ladrões esperam que anoiteça e atacam. Para chegarem ao combustível e às baterias dos camiões, usam pés de cabra para tirar os tampões das reservas de gasóleo e para partir os cadeados que prendem as baterias.
No caso deste motorista, o camião fica estacionado numa zona de vivendas, o que não impediu os ladrões de atuarem.
Este motorista defende que devem começar a ser tomadas medidas para travar a onda de assaltos, em particular em zonas residenciais. “Na zona onde moro, no Camarção, bastariam 0,50 a 0,60 cêntimos por cada morador para contratar um vigilante para a noite, o que ajudaria, certamente, a resolver alguns problemas naquela área em matéria de segurança de pessoas e bens”.
Alexandre Lopes teme que os assaltos se intensifiquem e tomem outras proporções. “O nosso receio é que comecem a assaltar-nos as garagens” tanto mais que algumas casas também já têm sido alvo de assaltos naquela zona residencial, de onde terá, também, sido roubado um carro, recentemente.
De acordo com os motoristas que já foram alvo de assalto, “estes casos estão a acontecer nos concelhos de Alcobaça e Nazaré com maior frequência, o que poderá, segundo dizem, indiciar que se trata da mesma pessoa ou do mesmo grupo, que faz o trabalho de campo, vigiando os hábitos dos camionistas, e atuando, depois, durante a madrugada.
Os profissionais pedem mais fiscalização por parte das autoridades e frisam que os prejuízos estão a ser demasiado altos. “A mim foram 600 euros em baterias e 100 euros em gasóleo, a um vizinho foram 700 euros e a outro outros 700 euros. São roubos menores, mas vezes vários lesados, se calhar já merece uma investigação e um investimento da parte das autoridades para que os autores destes furtos sejam apanhados”, frisa este profissional.
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