Apesar da sua curta passagem pela Maiorga, é considerado um dos mais importantes elementos no desenvolvimento musical da Banda Filarmónica Maiorguense e também da música no concelho de Alcobaça.
Com uma vida dedicada á música filarmónica, este Maestro deixou-nos um vasto conjunto de composições e arranjos neste tipo de música.
A homenagem contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e do secretário de Estado do Orçamento, Hélder Reis, um maiorguense, que enalteceu a figura do maestro.
“Estamos a fazer a homenagem ao maestro Serafim Chamusca, e o objetivo é realçar a cultura musical e a importância das bandas filarmónicas, que têm desenvolvido um trabalho local de imensa importância cívica. Realçá-lo é o que devemos fazer e é isso que estamos hoje aqui a fazer”, disse o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier
Por seu turno, Hélder Reis, secretário de Estado do Orçamento, recordou ter feito a sua formação musical, entre os 6 e os 18 anos, na banda da Maiorga.
“Não tive o prazer de conhecer o maestro, que morreu no ano em que eu nasci. Quando cheguei à banda, ouvi falar nele. Fiz a minha formação musical na Sociedade Maiorguense, estudei em Alcobaça, dou valor a essa minha experiência e ao trabalho que o governo tem vindo a fazer em matéria de reconhecimento das Bandas Filarmónicas, tendo decretado o dia 1 de setembro como o dia das Bandas Filarmónicas”, disse.
Já Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, sublinhou a “justeza desta homenagem”.
Sobre Serafim Nunes Chamusca (1901-1969)
O Maestro e Compositor, Serafim Nunes Chamusca nasceu em Nespereira, Lousada a 4 de Janeiro de 1901, onde iniciou os seus estudos musicais aos 11 anos de idade sob a direcção de seu pai, António Nunes Chamusca, nessa época Maestro da Banda de Música de Lousada.
Aos 18 anos entrou ao serviço do Exército onde ingressou na Banda de Música do Regimento de Infantaria e onde alcançou o posto de Primeiro-sargento Músico e completou os cursos de Composição e Direção de Orquestra. Em 1937 foi Diretor Musical do Rancho Folclórico Flores de Portugal da Figueira da Foz e de outras bandas filarmónicas da época.
Após a sua aposentação do Serviço Militar dedicou-se mais do que nunca à composição e foi nessa altura que compôs uma grande parte das suas obras.
Em 1956 foi Maestro da Filarmónica de A-da-Gorda a quem deixou algumas das suas composições escritas especificamente para esta banda. Em 1960 aceitou dirigir durante quatro anos a Orquestra Típica Albicastrense. Foi sob a sua direção artística que esta Orquestra passou a dispor de um coro Masculino e Feminino para complemento dos seus solistas e que fez várias atuações por todo o país, inclusive em 1962 na Rádio Televisão Portuguesa.
Durante este tempo exerceu também as funções de Professor de Música da Escola Industrial e Comercial de Castelo Branco.
Entre 1964 e 1967 foi Maestro da Banda da Maiorga e professor de música da Escola Técnica de Alcobaça falecendo nesta cidade a 31 de Julho de 1969.
0 Comentários