No arranque das celebrações, que contou com uma festa em que se reuniram colaboradores, representantes de várias instituições sociais e políticas e convidados; e uma missa no Mosteiro, presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa D. José Policarpo, o provedor da Santa Casa, José Carreira, agradeceu o envolvimento de todos os colaboradores e das instituições no bom funcionamento da Misericórdia.
“Agimos numa reciprocidade que não é possível manter se uma das partes falhar com os seus compromissos”, disse.
Com lar onde apoia 70 idosos; apoio domiciliário, apoio domiciliário alargado, rendimento social de inserção com apoio 250 famílias dos concelhos de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós, banco alimentar e cantina social que fornece 1800 refeições mensais, a Santa Casa tem em projeto a construção de um conjunto de apartamentos assistidos.
“Contamos iniciar esta obra ainda este ano. Estamos dependentes da aprovação do projeto, que se encontra na Câmara Municipal”, informou o provedor.
João Carreira informou ainda que na sequência de uma visita dos corpos sociais da Misericórdia à congénere de Macau, irão ser celebrados protocolos de cooperação entre as duas partes, os quais já se encontram em fase de estudo.
Os seus antecessores, ambos ex-presidentes da Câmara Municipal de Alcobaça, não foram esquecidos no discurso de João Carreira, que falou de Joaquim Augusto Carvalho, responsável pela reabilitação do Hospital de Alcobaça, propriedade da Misericórdia, nos anos 60, e de Tarcísio Trindade, que inaugurou o novo lar residencial, em 2001, como figuras de grande relevância nestes 450 anos da Misericórdia em Alcobaça.
O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, salientou, por seu turno, o papel das Misericórdias, “que contém uma génese portuguesa de solidariedade social”, e dos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, dos quais “só tem boas referências”.
Sobre os 450 anos, Paulo Inácio referiu que “estamos perante uma grande instituição”.
Por sua vez, Maria do Céu Mendes, diretora da Segurança Social de Leiria, falou do apoio daquela entidade ao concelho, em beneficia de
3500 pessoas; lembrando, de seguida, que as Instituições de Solidariedade Social criam emprego (250 mil pessoas trabalham em IPSS) e dinamizam a economia do País, ao serem responsáveis por 5% do PIB nacional.
Ao contrário do que esteve anunciado, o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares não esteve presente na cerimónia, mas prometeu acompanhar o evento de encerramento das comemorações, no dia 25 de maio, o concerto de música barroca que irá realizar-se na Sala do Capítulo do Mosteiro.
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