De acordo com o Ministro, que se deslocou a Alcobaça para visitar o local onde decorre a nova perfuração do solo por parte da Mohave e particopar na cerimónia de transmissão de uma posição de 50% da concessão da Mohave à Galp Energia, o projecto deverá permitir a criação de 200 postos de trabalho directos, e de 1.200 empregos indirectos A Galp Energia adquiriu, em Junho, uma participação de 50% no consórcio de exploração da concessão Aljubarrota-3, assumindo, com isso, metade dos custos do desenvolvimento.
Tiveram, entretanto, início os trabalhos de perfuração do poço Alcobaça1, na área de concessão Aljubarrota-3, que deverão durar até
55 dias para se apurar, no final, se existe hipótese de produção e comercialização de gás.
As estimativas da empresa apontavam em março deste ano para a existência de volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos no subsolo de Alcobaça.
Durante a sua presença em Alcobaça, o Ministro da Economia Álvaro Santos Pereira referiu que o Governo aprovou, “a Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos”, com adaptações à realidade atual, e que poderá vir a ser “uma fonte potencial de captação de investimento, de criação de emprego e de receita para o Estado.”
“Capitalizar de forma sustentada o elevado potencial dos nossos recursos naturais” é, para o Ministro, importante que aconteça, adiantando que “a indústria extrativa de petróleo e gás, tal como a indústria mineira, também podem criar oportunidades de crescimento e desenvolvimento no país”.
“A indústria dos hidrocarbonetos pode ser uma alavanca do desenvolvimento regional”, referiu Álvaro Santos Pereira.
Da cerimónia em Alcobaça, Joseph Ash, CEO da Mohave Oil & Gas Corporation, falou em “entusiasmo” da empresa com o início dos trabalhos de prospecção em Alcobaça.
Segundo a Mohave, o impacto económico da sua presença durante estes 45 a 55 dias de prospeção, poderá atingir um milhão de euros, tendo em conta a presença dos trabalhadores, que irão dormir e comer em Alcobaça, assim como a contratação de serviços indiretos a empresas da região.
Por sua vez, o presidente da Câmara, Paulo Inácio, falou num “dia histórico” para Alcobaça, congratulando-se pelo investimento que a Mohave Oil & Gas Corporation está a fazer, tendo aproveitado a ocasião para apelar ao Ministro da Economia que o Governo estude e aprove legislação que permita aos municípios receberam contrapartidas pela exploração de hidrocarbonetos nos seus concelhos.
O país não possui legislação sobre os Royalties Municipais, mas Álvaro Santos Pereira mostrou abertura para se criar uma lei que inclua as autarquias nos lucros das prospeções “onshore”, adiantando que “o desenvolvimento do país não faz sentido sem o desenvolvimento regional e local”.
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