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Cinco mil pessoas marcharam pelos hospitais das Caldas, Torres e Peniche

Carlos Barroso

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Mais de cinco mil pessoas de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche saíram à rua e marcharam contra o encerramento de unidades e serviços de saúde com a criação do Centro Hospitalar do Oeste. Em Peniche, a marcha organizada pela comissão de utentes foi a mais participada, onde compareceram cerca de quatro mil pessoas, segundo a organização.
Faixa comum às marchas nas Caldas, Peniche e Torres Vedras

Na cidade piscatória, a mobilização foi mais intensa porque aí está previsto o encerramento do serviço de urgência do hospital e como tal todos os partidos políticos estiveram unidos, numa concentração que contou com ranchos folclóricos, bombeiros, dadores de sangue, motards, associações de pescadores e armadores, comerciantes, empresários e outras organizações que deram um sinal claro que o encerramento não será pacífico em Peniche.

“Estimamos que se tenham concentrado em frente ao hospital cerca de 4000 pessoas, num sinal muito claro ao ministro para que pondere muito bem o relatório final sobre a reorganização hospitalar, porque não admitimos não ser ouvidos nem aceitaremos qualquer decisão”, disse António José Correia, presidente da câmara de Peniche.

Nas Caldas da Rainha a marcha foi tranquila e teve cerca de meio milhar de pessoas, com especial ênfase para o presidente da câmara, que participou pela primeira vez numa iniciativa em defesa do hospital das Caldas, que será o que menos perderá. “Exigimos equidade no acesso das populações de todos os concelhos aos cuidados de saúde”, afirmou António Curado, da Plataforma Oestina de Comissões de Utentes da Saúde.

Em Torres Vedras a iniciativa também levou mais de meio milhar de pessoas às ruas, apelando à manutenção de todas valências de saúde.

“Através desta ação interpelamos mais uma vez o ministro a que responda aos pedidos de audiência e que ouça as comissões que são quem pode trazer algum bom senso a todo este processo”, disse Jorge Ferreira, da Comissão de Utentes de Saúde – Torres Vedras, responsabilizando o governo pelo “desmantelamento dos serviços hospitalares que não pode conduzir a uma poupança à custa de vida humanas”.

As marchas, que terminaram nas três cidades cerca de hora e meia depois de iniciadas, foram mais uma das ações de protesto que têm marcado a contestação popular à reorganização hospitalar que prevê a fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte (que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Alcobaça) e o centro hospitalar de Torres Vedras (composto pelo hospital distrital e Sanatório José Maria Antunes) num centro hospitalar único para todo o Oeste.

O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, garantiu, em março, que nenhuma decisão seria tomada sem ouvir os municípios, mas a administração regional de saúde admitiu ter sido enviado ao Ministério um relatório final, sobre o qual as autarquias e comissões ainda não foram ouvidas.

O ministério da Saúde mantém a intenção de encerrar a urgência médico-cirúrgica do hospital de Torres Vedras. Na resposta a um requerimento entregue na Assembleia da República pelo Partido Ecologista Os Verdes, o ministério revelou que tenciona “passar o serviço de urgência [médico-cirúrgico] do hospital de Torres Vedras a urgência básica”, mantendo a urgência médico-cirúrgica em Caldas da Rainha.

A tutela justifica a reestruturação de serviços com a “necessidade de potenciar o aproveitamento dos recursos disponíveis e com as dificuldades na contratação de profissionais de saúde”.

A proposta aponta para a fusão das administrações dos dois hospitais numa única, para o encerramento da urgência médico-cirúrgica de Torres Vedras e para a concentração do serviço de cirurgia no hospital de Torres Vedras, devendo Torres Vedras e Caldas da Rainha assegurar a cirurgia de ambulatório.

A pediatria “deverá manter-se em ambos os hospitais” e a maternidade funcionará nas Caldas da Rainha. A decisão de encerrar a urgência básica de Peniche é remetida para a futura administração hospitalar.

Ao passar de médico-cirúrgica para básica, a urgência de Torres Vedras deixa de ter equipas compostas por médicos especialistas nas várias valências, tais como medicina interna, ortopedia, cirurgia geral ou pediatria, e passa apenas a ser constituída por dois médicos, entre outros profissionais.

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