Esta obra, que será apresentada pela primeira vez em Portugal, é a terceira das óperas reformistas do compositor alemão Christoph Willibald Gluck e do poeta italiano Ranieri de’Calzabigi. A suavidade da música e a subtileza irónica do libretto, que ficciona o episódio da chegada de Páris a Esparta até à sua fuga com Helena para Tróia, conferem-lhe um tom muito mais próximo das óperas de Mozart do que das suas antecessoras “Orfeo ed Euridice” e “Alceste”.
Gluck dedicou esta obra a um português, D. João Carlos de Bragança Duque de Lafões, na altura residente em Viena e mais tarde fundador da Academia das Ciências de Lisboa. Este projeto resulta da parceria artística entre o Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), a Companhia Clara Andermatt e O Espaço do Tempo. Clara Andermatt e Rui Horta, ambos com percursos marcados pela sua íntima relação com o universo da música, juntam-se aos alunos, ex-alunos e professores da ESML para criar um projeto em que música, espaço e movimento se fundem num ambiente de intensa emotividade onde Deuses e Homens conspiram em nome do amor.
Um dia depois, domingo, às 18h00, é o momento de entrar em cena no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça o Capella Duriensis, um ensemble vocal especializado em música a cappella, com com direção de Jonathan Ayerst. Na sua temporada de 2010-11, a Capella Duriensis apresentou um repertório de mais de 40 obras numa série de concertos, sendo que um deles se deu no festival Música em S.Roque, Lisboa. O coro sempre proporcionou um interesse contextual nos seus programas, fazendo o contraste entre elementos da renascença com peças medievais e ainda modernas. O seu repertório inclui música Ortodoxa Russa do séc.XIX, Canto Litúrgico Antigo da Europa Ocidental, polifonia do período Renascentista Português, música folk da Europa de Leste e música litúrgica do séc.XX.
Já a 14 de julho, sábado, pelas 22h00, aquele mesmo monumento recebe o Simantra Grupo de Percussão, Grande vencedor do CIMCA’11 (II Concurso Internacional de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça”), concurso único nesse formato em Portugal, e que se trata de um quinteto de percussão formado por alunos de Doutoramento e Mestrado em Música (Percussão) do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, (UA), bem como Licenciados pela UA.
Ainda no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça: o Ensemble D. João V apresenta-se no dia 15 de julho, domingo, pelas 18h00, sendo um grupo formado como resultado do trabalho em grupo realizado pelos seus membros durante o Curso Internacional de Música Antiga, no Convento de Cristo em Tomar, em 2007, organizado pela Academia de Música Antiga de Lisboa. O Ensemble é constituído por um grupo de músicos com larga experiência que se dedica a interpretar e a divulgar a música do Período Barroco utilizando instrumentos de época.
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