Comunidade piscatória e Câmara exigem: Tânia Rocha Na sequência de várias reuniões realizadas no Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos da Nazaré, entre a comunidade piscatória local e as várias entidades ligadas ao sector da pesca, o executivo nazareno aprovou duas propostas, na última reunião de Câmara, sobre a actividade piscatória na Nazaré. Uma tem a ver com as medidas de restrição da actividade no sistema recifal e a segunda lembra as entidades competentes para a criação de uma zona exclusiva para a pesca do anzol, proposta já anteriormente aprovada e enviada ao Governo, mas que ainda não mereceu qualquer resposta.

Relativamente aos recifes artificiais, a comunidade quer que sejam tomadas medidas que restrinjam qualquer actividade pesqueira, seja profissional, lúdica ou submarina, pelo período de dois anos, cujo objectivo visa “a protecção e boa gestão do sistema recifal de forma sustentável”, lê-se no documento. A proposta ainda refere que apesar de a redução dos stocks de pesca ser um problema global, “era impensável que os recursos tivessem atingido uma diminuição drástica, pelo que devem ser adoptadas medidas defensivas, na preservação e reprodução das espécies, assegurando em simultâneo os direitos sociais dos pescadores”. No que diz respeito à criação de uma zona exclusiva para a pesca do anzol, o Município da Nazaré pede à Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura a implementação desta medida, entre Abril e Setembro, com o intuito de “defender e preservar os recursos marinhos, diminuir o esforço de pesca e aumentar a biodiversidade, que através das artes selectivas torna possível obter peixe de maior qualidade e com maior valorização”. A proposta realça, ainda, que “de forma a combater futuras ilegalidades, será fundamental controlar e fiscalizar esta zona exclusiva”. Os documentos foram enviados às entidades competentes.