Paulo Alexandre Terminou, com sucesso, mais uma Mostra de Doces e Licores Conventuais de Alcobaça, no Mosteiro de Santa Maria, com a presença das mais prestigiadas casas de doçaria nacional e estrangeira. Os apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) permitiram a Alcobaça “manter a qualidade” da Mostra de Doces e Licores Conventuais, disse a vereadora da cultura. De acordo com Mónica Batista, “foi devido às ajudas dos fundos comunitários que Alcobaça conseguiu aplicar alguma contenção de custos” num dos eventos que pretende ver crescer, ao nível do prestígio.
Visivelmente idêntica a edições anteriores e com praticamente o mesmo número de representações, e apesar da forte aposta que o executivo diz querer fazer neste evento, o certame não cresceu na área ocupada. O motivo são as “intervenções de conservação e restauro que estão a decorrer no Monumento Património da Humanidade”, disse Mónica Batista. Uma das novidades da Mostra de Doces e Licores Conventuais deste ano passou pela presença de dois jovens, Pedro e Inês, que contaram aos visitantes, a tragédia romântica ocorrida entre o monarca e a aia de Dona Constança, que depois de morta foi coroada rainha. A ideia partiu do presidente da Região de Turismo do Oeste, António Carneiro, que esteve presente, na cerimónia de inauguração, na passada quinta-feira.
O responsável acredita que “este tipo de divulgação, trás grandes dividendos para Alcobaça”, dando como exemplo o caso dos turistas orientais.
Quando os chineses visitam o Mosteiro de Alcobaça, também visitam outros monumentos europeus, já que “não costumam deslocar-se de tão longe só para conhecer um país”. Pelo meio “tiram milhares de fotografias” e quando regressam a casa, torna-se difícil distinguir um monumento de outro, ou situá-lo com precisão, por não haver nenhuma história por de trás dessa imagem fotográfica. “Se, ao entrarem no mosteiro, ouvirem a história dos amores de Pedro e Inês, que poderá ser narrada por jovens estudantes de Alcobaça, os turistas chineses já terão algo para associar às imagens que tiraram e assim contá-las a outras pessoas”, afirmou.
António Carneiro acrescentou que “as pequenas histórias que envolvem a vida do Monumento, como o facto da chaminé da cozinha do mosteiro ter sido a primeira estrutura em Portugal a utilizar o ferro, são sempre uma mais-valia para quem nos visita”, porque dão conteúdo às memórias que os turistas levam de Alcobaça.
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