Câmara já não vende talhões do cemitério Tânia Rocha Ao contrário do que acontecia anteriormente, os cidadãos não conseguem comprar, actualmente, à Câmara Municipal da Nazaré, um qualquer talhão no cemitério da Pederneira, uma vez que há falta de espaço. No entanto, a autarquia prevê que a ampliação deste espaço aconteça entre 3 a 6 meses. Seja um terreno virgem ou um que já tenha servido de sepultura a alguma pessoa, a Câmara Municipal não vende os terrenos, como consequência da falta de espaço que se faz sentir actualmente. A confirmação foi dada pelo vereador da Câmara Municipal da Nazaré, Belmiro Fonte, responsável pela gestão dos cemitérios municipais.
“Os terrenos não estão a ser vendidos”, “temos falta de espaço”, confirmou o vereador ao Região da Nazaré. Relativamente aos terrenos não virgens, que anteriormente não foram comprados pelos familiares das pessoas que foram sepultadas nesses espaços, continuam como propriedade da Câmara. Uma vez passado o tempo de sepultura necessário para a decomposição do corpo, as ossadas são levantadas e o terreno é usado para sepultar outra pessoa. Belmiro Fonte também referiu que “os covatos que voltam ao domínio público não podem ser vendidos”, acrescentando que todo o terreno que seja de domínio público “não se pode vender”. De acordo com o vereador, a autarquia “está a envidar todos os esforços para a ampliação do cemitério”, cujo processo se encontra na “fase final”. Também de acordo com o vereador António Trindade, também responsável pela gestão dos cemitérios municipais, a ampliação “está condicionada à decisão do empreiteiro”, proprietário do terreno a sul do cemitério. Belmiro Fonte acrescentou, também, que se prevê que “parte do alargamento seja destinado a gavetões”. Á parte da ampliação foram, recentemente, inventados 14 novos talhões de terreno virgem, na parte nova do cemitério, zonas destinada inicialmente à plantação de árvores. Segundo apurou o Região da Nazaré, algumas pessoas, confrontadas com a impossibilidade de compra à autarquia, tentam comprar um terreno a particulares. Essa transmissão de propriedade é algo que tem de passar pela Câmara e está previsto no regulamento de taxas do Município, cujo custo associado é de 560 euros, no caso das sepulturas. Confrontado com este possível cenário, Belmiro Fonte afirma que à Câmara da Nazaré ainda não chegou nenhum requerimento deste tipo, mas que no caso de vir a acontecer “existe pouca margem de manobra”, uma vez que poderá não haver razões para o indeferimento do requerimento. No novo regulamento da Câmara Municipal, a concessão de terreno para sepultura perpétua da autarquia para um particular tem o custo de 900 euros. No caso de jazigos, mausoléu e sarcófago o custo é de 3400 euros.
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