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Amadores nazarenos representam“Zaragatas em Chioggia”

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Espectáculo com sala cheiaTânia Rocha “Zaragatas em Chioggia”, da autoria de Carlo Goldoni, foi o título da peça de teatro que subiu ao palco do Cine-Teatro da Nazaré, na noite dos dias 18 e 19 de Junho, e contou com a actuação de vários actores amadores nazarenos. Esta peça, com encenação de Luís Varela e […]
Amadores nazarenos representam<br>“Zaragatas em Chioggia”

Espectáculo com sala cheiaTânia Rocha “Zaragatas em Chioggia”, da autoria de Carlo Goldoni, foi o título da peça de teatro que subiu ao palco do Cine-Teatro da Nazaré, na noite dos dias 18 e 19 de Junho, e contou com a actuação de vários actores amadores nazarenos. Esta peça, com encenação de Luís Varela e cenografia de José Carlos Faria, é uma produção do Teatro da Rainha, com a organização da Câmara Municipal da Nazaré. A comédia teatral retrata as vivências e hábitos de uma comunidade piscatória, Chioggia, uma vila de Veneza, onde é destacado, essencialmente, a vida e os enredos sociais. A semelhança dos modos de vida desta vila com a Nazaré “são mais que muitas”, refere Luís Varela.

Cinco mulheres, amigas e com ligações familiares, esperavam os seus maridos ou noivos que regressavam do mar, enquanto bordavam. Um barqueiro, para fazer ciúmes a uma das moças, na qual estava interessado, oferece abóbora doce a uma outra rapariga comprometida. Esta foi a razão da zaragata que rapidamente se formou. Os pescadores não gostaram nada do que as mulheres lhes contaram, cada uma à sua maneira, o famoso, “diz que disse”, e todos se envolveram numa grande zaragata e acabaram em tribunal. Porém, tudo acaba bem e todos acabam por se casar e ficam novamente amigos. Esta história é muito semelhante com aquilo que ainda hoje acontece na Nazaré, onde os ciúmes, inveja, contradições, mexericos, confusões, e várias versões do mesmo acontecimento estão presentes na natureza e no dia-a-dia dos nazarenos. Esta peça, representada por amadores nazarenos, contou com a participação de mais de 30 pessoas, entre actores, músicos, figurantes e técnicos. Os amadores nazarenos “não foram escolhidos segundo critérios científicos”, segundo Luís Varela, sendo que “todo o elenco se foi constituindo à medida que se foi mobilizando gente”. Apesar de não ter havido uma “preparação preliminar” para representar, Luís Varela salientou que “não é preciso”, pois os amadores nazarenos “têm um talento enorme e um génio muito grande”. Isto foi comprovado com os fortes aplausos que encheram a sala ao longo da peça e no final da actuação. O encenador Luís Varela, também natural da Nazaré, disse que a peça foi produzida “só com gente da praia” e um actor profissional, acrescentando que “se alguém não é da praia foi por acidente”. Luís Varela tinha como expectativa, essencialmente, que a “peça agradasse às pessoas”, mas mais importante que isso, queria que este espectáculo “abrisse nos amadores nazarenos o apetite para fazerem mais teatro amador e com padrões de exigência os mais altos possíveis”. Com esta actuação ficou demonstrado que o talento existe e os actores são mais que muitos para fazer um bom espectáculos, motivos mais que suficientes para fazer surgir esta arte na Nazaré, fora do período de Carnaval. Em relação ao público, nesta iniciativa, aderiu em massa. Esta peça de teatro, “Zaragatas em Chioggia”, apresentou-se, na Nazaré, “na perspectiva da troca de conhecimentos e experiências entre amadores e profissionais”. Para Rui Delgado, um dos actores da peça, a experiência foi “fantástica” e a reacção do público foi “uma sensação fantástica”. Já Ana Hilário disse: “adorei a experiência”, enquanto Eduardo Hespanhol referiu que esta foi uma “experiência enriquecedora e uma lição de vida”, acrescentado que o “grande pago” foi a reacção do público presente. Rita Batalha foi outra das actrizes participantes. Confessou que no início da peça “estava em pânico”, mas com o desenrolar dos acontecimentos foi-se “soltando até ao auge”. Estes membros participaram na peça por casualidade, num convite feito “boca-a-boca”, entre amigos, conhecidos e/ou colegas de trabalho. Eduardo Hespanhol salientou que quando recebeu o convite para entrar na peça e soube que a encenação era de Luís Varela “disse três vezes sim”, referiu. Apesar da experiência de voltar a trabalhar na terra ter sido muito “gratificante”, o encenador não tenciona voltar a trabalhar na Nazaré, por motivos profissionais. No final do espectáculo, muitos elementos do público davam os parabéns aos actores nazarenos e diziam que a representação foi “espectacular”. Para muitos, o episódio da zaragata foi familiar, uma vez que é semelhante ao que ainda hoje acontece regularmente na Nazaré, ouvia-se alguém dizer “isto era só mudar os nomes, é o que acontece com a gente da praia”.

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