Autor é considerado hoje um dos escritores italianos mais conhecidos fora da Itália “Goldoni: o Teatro e o Mundo” foi o tema da conversa que se realizou na passada sexta-feira, dia 4 de Junho, no auditório da Biblioteca Municipal da Nazaré, com a presença dos oradores Álvaro Laborinho Lúcio, Fernando Mora Ramos, José Peixoto e Luís Varela, numa iniciativa conjunta a cargo do Teatro da Rainha e do Município da Nazaré. Em paralelo com esta actividade decorreu ainda abertura ao público da exposição “Goldoni e o Teatro” que estará patente no átrio da Biblioteca Municipal até ao próximo dia .
Esta exposição, de carácter biográfico e bibliográfico, da autoria da Escola Superior de Teatro e Cinema da Amadora, foi feita para o Teatro D. Maria II no momento da comemoração dos 300 anos do nascimento do autor, considerado um dos escritores italianos mais conhecidos fora da Itália. E no entanto, este foi um autor incompreendido pela sociedade da sua época, apesar de determinante para o mundo do teatro nos séculos que se seguiram, figura contemporânea da Revolução Francesa e cuja obra teatral assente no confronto de classes retratou numa primeira fase as altas classes dirigentes e empreendedoras que, na sua opinião, seriam os motores da transformação do mundo à época, e mais tarde acabou retratando as rotinas e os problemas das gentes populares. A abordagem não só não alcançou compreensão na sociedade em que se inseria como levou Goldoni a procurar refúgio em Paris, onde esperava encontrar um teatro mais aberto às suas visões, o que também não sucedeu. Não é o que está a acontecer na Nazaré, onde Goldoni parece estar hoje a ser melhor compreendido do que naquela época: isto a propósito da encenação da peça “Zaragatas em Chioggia” no Cine-Teatro da Nazaré, que subirá ao palco nos dia 18 e 19 de Junho, e que a companhia “Teatro da Rainha” tem vindo a promover num encontro entre actores profissionais e amadores. DM
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