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Pescadores de Peniche e da Nazarérecebem formação

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Carlos Barroso Os pescadores de Peniche e da Nazaré estão a receber formação prática para saberem manusearem os instrumentos de salvamento e manuseamento em caso de acidente no mar.Esta formação está a ser dada por especialistas do Formar nas duas localidades que tem vindo a verificar que as grandes dificuldades dos homens do mar está […]
Pescadores de Peniche e da Nazaré<br>recebem formação

Carlos Barroso Os pescadores de Peniche e da Nazaré estão a receber formação prática para saberem manusearem os instrumentos de salvamento e manuseamento em caso de acidente no mar.Esta formação está a ser dada por especialistas do Formar nas duas localidades que tem vindo a verificar que as grandes dificuldades dos homens do mar está na língua estrangeira que vem nos rótulos dos instrumentos de salvamento e na pouca pratica em usar os meios ao seu dispor.“As principais dificuldades está no facto de eles saberem que tem o material a bordo, mas não o sabem abrir ou usar porque só se usa em situação de emergência. Depois há aparelhos destes que tem os manuais só em inglês. Ou seja os pescadores não sabem ver a data da validade e neste curso ensinou-se e motivou-se eles a verem até que altura é que os pirotécnicos estão em validade. Por outro lado se não sabem a língua, devem seguir as setas que vem na embalagem e fundamental devem de se lembrar em situação de náufrago como é que eles actuaram no curso que realizaram aqui”, descreve o comandante Luís Grilo um dos formadores do curso de segurança e sobrevivência no mar.

O técnico é por isso da opinião de que os meios e utensílios de salvamento do mar “deveriam de ter um rótulo em português da mesma forma que quando compramos um electrodoméstico que tem garantia de dois anos e um catalogo na língua universal e em português. Na pesca isso não acontece. A bordo só os mestres é que sabem um pouco de inglês e é o rudimentar, básico e técnico para as comunicações no mar”.Luís Grilo considera que as autoridades “deveriam de exigir que estes aparelhos tenham rótulos com língua portuguesa ou que os pescadores tenham lições de inglês, (uma situação mais complicada devido à baixa escolaridade desta classe), para os pescadores perceberem os aparelhos”.Esta formação surge após muitos acidentes que aconteceram e vitimaras a vida a muitos pescadores tendo as associações e sindicatos do sector tido um papel preponderante na mobilização dos pescadores uma vez que o Formar já tinha este curso mas não tinha pessoas suficientes para ser ministrado.“Estes cursos fazem sentido agora como fazem sentido como reciclagem porque resultam, infelizmente de estarem a acontecer muitos naufrágios. É necessário que as pessoas tenham noções de segurança”, sublinhou Rui Vaz director do Formar na Nazaré e em Peniche.“Este curso já existe há muitos anos, mas a conjugação de várias entidades e somando a sensibilização das associações e sindicatos, fez com que haja maior adesão dos pescadores. As associações na Nazaré e Peniche empenharam-se de forma total que temos vários cursos de 25 horas, programados desde o dia 25 de Abril”, descreve o director. Rui Vaz afirma mesmo que “o Formar não vai descansar até que todos os pescadores” da região da Nazaré e de Peniche tenham o curso de segurança e sobrevivência no mar, pois não tem qualquer custo para os formandos, estimados em meio milhar de activos nestas duas zonas do país.O director do Formar aposta ainda que esta formação prática deve ter uma reciclagem de cinco em cinco anos.Já o comandante Luís Grilo aposta nesta formação para apresentar aos pescadores aquilo que de melhor existe para a sobrevivência no mar está concebida, exibindo coletes salva-vidas, fatos isotérmicos e bóias de salvamento individuais.“A receptividade está a ser francamente boa. Os actuais coletes todos os têm a bordo e ninguém os usa ou gosta deles. Os novos, espera-se que sejam certificados. Não há comparação possível entre uns e outros. Os novos são muito mais práticos e a maneira do envergar numa situação de emergência não tem nada a ver. Eles até para poderem andar a trabalhar, uma vez que é obrigatório, podem andar com os novos”, descreve o técnico de segurança marítima.“Com este novo colete, acho francamente importante que eles andem com ele vestido. Já com o fato isotérmico, acho que só o devem vestir quando tem de abandonar a embarcação, uma vez que o fato isotérmico é feito de um material que dá pouca agilidade e serve apenas para evitar a hipotermia que é um dos grandes males do mar”, refere Luís Grilo.Neste curso os pescadores ficaram também a saber como lidar com a falta de água potável no mar, testando e saboreando as embalagens de água existentes a bordo e nas balsas salva-vidas, assim como a restante ração de sobrevivência.“Infelizmente este ano o número de mortos é extremamente elevado e este curso está servir para numa situação de emergência não perderam a calma e não entrarem em pânico e a partir daí, lembrar-se dos procedimentos apreendidos na escola e numa situação de náufragos, saberem como se lança uma balsa, qual é o papel do disparador hidro-estático, qual é o papel das bóias de salvação e de todos os meios de salvação que temos a bordo”, aponta Luís Grilo que vinca a formação prática é bastante importante.“O contexto da formação é sobre a segurança e sobrevivência no mar. Engloba os meios que temos a bordo, os sinais que um dia eles possuam, numa altura em que fiquem, ou estejam em situação de náufragos e possam saber quais são os meios e sinais para pedirem socorro. O socorro pode ser pedido através de vários meios, desde os meios sonoros, através de satélite, sinais visuais e sinais fumígenos”, enumera.Além dos sinais de emergência, os pescadores tiveram a possibilidade de testar e saber quais são os melhores e adequados meios de agentes extintores que devem ter a bordo.Os mais frequentes incêndios a bordo é na casa das máquinas e nos quadros eléctricos, porque são o ambientes propícios. “A simulação foi feita e todos eles viram qual a diferença de um extintor de pó químico e de CO2. Quando e como se deve usar um e outro. Como evitar as queimaduras e como actuar em caso de incêndio” descreveu.

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