Paulo Alexandre A passagem de tutela do Museu do Vinho para a Câmara Municipal tem um custo de 400 mil euros. Só uma alteração legislativa permitirá que Alcobaça receba o Museu sem desembolsar essa verba ao estado. O Município de Alcobaça considera que está nas mãos da administração central alterar o actual enquadramento legal, e honrar o “compromisso que efectuou com a região Oeste”. A reabilitação do Museu do Vinho faz parte do Plano de Acção do Oeste (PAO). Depois do Ministério da Agricultura ter assumido a sua falta de vocação para administrar museus, o Município de Alcobaça mostrou-se disponível para assumir a do Museu do Vinho, desde que o Governo o cedesse gratuitamente, ou por uma verba simbólica.
Agora, e confrontado com a lei, Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, viu-se forçado a mandatar a Comissão de Acompanhamento das medidas compensatórias pela não construção do aeroporto de Lisboa na Ota a reivindicar o cumprimento da promessa de reabrir o Museu, criado em 1976, fechado desde Julho de 2007 por falta de funcionários. O presidente do executivo camarário afirma que as medidas compensatórias “têm sido um desastre”, uma vez que “até hoje, praticamente, nada está cumprido” e que, para além de Alcobaça, outros dois municípios do Oeste, Torres Vedras e Lourinhã, estão com problemas semelhantes, apesar de serem “de simples resolução”. “Não existe argumento para se ter um património daquela qualidade fechado aos olhos do público”, remata Paulo Inácio. Para além do Museu Nacional do Vinho, o Plano de Acção do Oeste contempla, também, áreas como a Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB) e a melhoria das redes rodoviárias do concelho de Alcobaça.
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