Tânia Rocha
Grande parte dos trabalhadores da Estação dos CTT da Nazaré esteve em greve ontem e na segunda-feira. No primeiro dia de manifestação, sete dos nove trabalhadores deixaram de trabalhar ao meio-dia e, por volta das 14 horas, juntaram-se em frente à Estação dos Correios, para demonstrarem o descontentamento face a algumas medidas tomadas pela empresa. Depois da concentração, distribuíram panfletos pelas ruas da Nazaré e mais tarde, reuniram com a Câmara Municipal e Junta de Freguesia da Nazaré, no sentido de obter apoio nesta protestação.
Segundo Dina Serrenho, representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, com esta manifestação os trabalhadores pretendem “sensibilizar a população do concelho da Nazaré para a gravidade da situação dos CTT”. Em causa está a “contratação de uma empresa externa para fazer a distribuição do correio”, que actualmente opera no centro da vila e no Sítio, assim como o “congelamento dos salários” e a “privatização total dos CTT para 2013”. A sindicalista declarou que os funcionários da empresa externa “não receberam formação, não pertencem aos Correios e estão a ameaçar os nossos postos de trabalho”. Para mudar este cenário, o Sindicato pretende que “essas pessoas integrem os quadros da empresa ou que os giros que estão a ser feitos pela empresa externa voltem ao domínio dos CTT”.Em relação à privatização dos CTT, Dina Serrenho disse que “pode pôr em causa os postos de trabalho e a qualidade de serviço” e afirmou ainda que “os CTT deram cerca de 52 milhões de euros de lucro no ano 2009”, o que não justifica o congelamento dos ordenados. No segundo dia de paralisação, os carteiros juntaram-se à greve nacional que começou à meia-noite e se prolongou por todo o dia.
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