Oeste vai ser auto sustentável Carlos Barroso A EDP admite aumentar até 20% o investimento anual de 17 milhões para a região Oeste e antecipar algumas das intervenções previstas até 2012 para repor a qualidade da rede de distribuição eléctrica. “Até ao final de Janeiro e Fevereiro decorreram reuniões de trabalho para analisar este caso concreto das intempéries do Oeste. O levantamento está a ser feito até ao final do mês de Janeiro e os investimentos já estão a ser realizados. É no reforço que estamos a trabalhar. Até ao final do mês temos a ideia de quanto vamos investir, mas tínhamos previsto investir aqui cerca de 17 milhões de euros e depois da intempérie temos uma previsão de aumento na ordem dos 20% dessa verba”, ou seja 3,4 milhões de euros. João Torres, presidente da EDP Distribuição, confessou, após uma primeira reunião com os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), que recebeu elogios pela forma como a empresa respondeu ao problema.
“É unânime que a EDP distribuição respondeu de forma pronta e esteve no terreno com os meios adequados. Era difícil fazer melhor. Foi bom ouvir isso por parte dos autarcas”, sublinhou. Questionado se a EDP está agora mais preparadas para uma nova intempérie o responsável prefere afirmar que: “estamos preparados para outras intempéries caso contrários não seriamos elogiados por parte dos autarcas”, refutando desta forma as queixas da população e empresários. “A posição das Câmara, vivem com as pessoas, representam as pessoas, é para mim muito reconfortante, do que uma ou outra observação dispersa de alguém que decide aproveitar algum tempo de antena para dirigir críticas à EDP”, sublinha. “Não reunimos com empresários, agricultores. A nossa estrutura está preparada para receber reclamações e pedidos de clientes em todo o país. Não vamos abrir um balcão específico para a zona do Oeste. Não sentimos que haja necessidade de reforço. As portas e canais estão abertos. Em relação ao Oeste vamos ver as reclamações de forma mais agregada. Não me parece que haja razão para criar qualquer gabinete de crise”, esclarece. Paulo Torres confessa porém que a Região Oeste tem alguns danos na rede de distribuição que resultam da intempérie, mas frisa que a empresa vai continuar a investir. “No Oeste o número de clientes cresce a um ritmo superior ao crescimento ao número de clientes em todo o país. É uma zona que está pujante”, revelou. Ainda sobre as intempéries do Oeste, António Mexia, presidente da EDP enalteceu o trabalho de resposta da EDP à situação, dizendo que, “em 43 horas e depois de 700 postes de betão derrubados pelo vento, foi possível mobilizar 800 pessoas que trabalharam sem descanso para que a luz tivesse voltado a 99 por cento dos afectados”. “É preciso que as pessoas tenham a noção de que a componente eléctrica, face a outros prejuízos como os da agricultura, foi a que teve menos impacto na vida da região”, defendeu. O presidente da EDP apelou à confiança das pessoas na empresa, garantindo que, “agora como sempre, serão cumpridas as regras em vigor”. A empresa tem vindo a dizer que apenas assumirá os custos dos prejuízos dos clientes, ainda não calculados, associados a falhas, ocorridas na reparação de avarias.
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