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Empregados da Louçarte continuam a trabalhar sem receber

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Tânia Rocha Os trabalhadores da Louçarte, fábrica de louça com sede em Valado dos Frades, receberam recentemente cerca de duzentos euros do subsídio de férias em atraso. No entanto, os salários em falta já estão por pagar há cerca de quatro meses, abrangendo o mês de Outubro. De acordo com o representante sindical dos trabalhadores […]

Tânia Rocha Os trabalhadores da Louçarte, fábrica de louça com sede em Valado dos Frades, receberam recentemente cerca de duzentos euros do subsídio de férias em atraso. No entanto, os salários em falta já estão por pagar há cerca de quatro meses, abrangendo o mês de Outubro. De acordo com o representante sindical dos trabalhadores da Louçarte, José Fernando, o montante pago adveio de “uma parte do dinheiro recebido de uma das encomendas”.

Depois dos dois dias de greve no final do mês de Setembro e do bloqueio da saída de um camião da fábrica, que transportava algumas encomendas, os trabalhadores reuniram-se com o Governo Civil de Leiria, para falarem da actual situação e futuro da empresa. Tentaram exigir uma solução por parte da entidade patronal, mas a situação continua sem resolução à vista, apesar de terem recebido recentemente uma pequena quantia. Em Leiria foram recebidos pelo chefe de gabinete do governador, João Paulo Pedrosa, ao qual foi solicitado a intervenção do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas) e da Inspecção-geral de Trabalho. Até à data ainda “não foi encontrada nem comunicada aos trabalhadores nenhuma solução por parte da entidade patronal”, segundo José Fernando, coordenador da União dos Sindicatos do Distrito de Leiria, e os “trabalhadores continuam a trabalhar sem receber”, reforça o dirigente sindical. Depois da ida a Leiria, os trabalhadores foram ao Ministério da Economia e ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social, e ainda ao IAPMEI, em Lisboa, no passado dia 13 de Outubro, com o objecto de pedirem a regularização dos salários e viabilidade da empresa. Durante o período de luta dos trabalhadores, também alguns inspectores do trabalho visitaram a Louçarte, para recolher dados sobre a situação da unidade fabril. José Fernando afirma que à parte do pequeno montante recebido, “a situação continua na mesma”. Ainda segundo o dirigente, “os trabalhadores aguardam que a entidade patronal dê solução à empresa e continuam a trabalhar pela viabilização da mesma, a entidade patronal ainda não disse concretamente o que pretende fazer”. Os trabalhadores já pediram nova reunião com a gerência da Louçarte, nesta segunda-feira, com o objectivo de “esclarecer a situação da empresa e saber qual o desfecho para os trabalhadores”. O Bloco de Esquerda tem acompanhado a situação da Louçarte, sendo que a última intervenção foi protagonizada por Heitor de Sousa, deputado da Assembleia República, eleito pelo círculo eleitoral de Leiria. Heitor de Sousa perguntou ao Ministério da Economia e Inovação e ao Ministério do Trabalho e Solidariedade Social “que medidas está o Governo na disposição de tomar para salvar os postos de trabalho em risco na Louçarte; como se configura o futuro do emprego na Louçarte e a necessária recuperação económica e financeira da empresa”, e ainda, se o Governo “está ou não disposto a accionar, com carácter de urgência, os dispositivos legais previstos pela criação do Fundo de Garantia Salarial, de forma a acudir à situação de emergência em que se encontram os trabalhadores da Louçarte”, num requerimento dirigido ao Governo, no passado dia 20 deste mês. No requerimento, o deputado refere ainda que “os trabalhadores da Louçarte deparam-se com as enormes incertezas que pairam sobre o futuro da empresa, agravadas por algumas ocorrências que podem configurar inquérito com vista a um possível procedimento criminal, confirmando-se suspeitas sobre o desaparecimento de alguns moldes e o eventual desvio de produção para uma fábrica de cerâmica vizinha, nas proximidades da Louçarte, que, apesar da crise económica no sector, tem vindo a acolher alguns trabalhadores que saíram da Louçarte para essa empresa, por sugestão do citado administrador”.

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