Paulo Alexandre A movimentação de terras para a ampliação do cemitério de Cós, no concelho de Alcobaça, deixou a descoberto algumas ossadas humanas, já com vários anos. Ao que tudo indica, a calçada de acesso ao cemitério, cujo espaço esgotou há vários meses, foi construída por cima de antigos covais e a ampliação do equipamento, em terrenos anexos adquiridos pela Câmara Municipal, ainda apanhou parte dessas velhas sepulturas. A movimentação de terras associada à chuva têm provocado o deslizamento de lamas e empurrado as ossadas, postas a descoberto pelas máquinas, para os quintais mais próximos do equipamento público, deixando os proprietários indignados com o cenário com que se deparam.
Uma moradora contactada assegura que já «encontrou vários ossos no meio das suas plantações», adiantando que tem ouvido relatos do «aparecimento de uma caveira no meio da estrada». Os moradores afectados com a situação já escreveram à Câmara Municipal de Alcobaça, a colocar o problema causado (CMA) pela “falta de escoamento das águas pluviais provenientes do cemitério, que acabam por arrastar lamas e ossadas para a via pública e terrenos particulares”. O caso também é do conhecimento do presidente da Junta de Freguesia de Cós. Álvaro Santo, que reconhece «o aparecimento de vestígios de ossadas a público», garante que estes são «cada vez menos frequentes». «O contrário só acontece, quando chove com maior intensidade», assegura. Quanto a soluções, Álvaro Santo afirma que «só limpeza das lamas provenientes do cemitério está ao alcance da autarquia», adiantando que a resolução do problema está do lado da Câmara Municipal através da adjudicação de uma empreitada para a construção de novos canais de escoamento das águas pluviais, apontados como a solução definitiva do problema.
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