Editorial 149 Clara Bernardino Nem tudo o que parece, é. Ninguém pode acusar os políticos da Nazaré de falta de transparência. Senão, veja-se: qual o melhor local para anunciar o candidato pelo PS à Câmara Municipal, nas próximas autárquicas? – A reunião de Câmara. E quem melhor do que o ex-número dois de Jorge Barroso para fazer esse anúncio e tecer considerações? – Ninguém! Sobre o número dois da lista disse apenas tratar-se de “uma pessoa muito popular” e identificou-o como o ainda número um dos Independentes.
Se o número um passou a número dois do PS e o ex-número dois passará a integrar a lista do PSD, estarão os Independentes da Nazaré extintos? Pelo menos deixam de ter expressão em debates, pois o seu ainda líder passa a uma posição apagada e sem voz, já que o rosto passa a ser o candidato do PS, que não tem tempo para fazer de júri de um concurso de que ele quis fazer parte, talvez para ter mais tempo para a campanha que se avizinha. Atrás das costas fica a causa pública e, à frente, a causa individual e partidária. O que não ficou explícito foi o papel do anunciante ex-laranja, que tanto tem lutado e tem sido o principal motor da união à esquerda, em nome da rosa. Apesar de apregoar a vitória da esquerda, parece acreditar que a equipa laranja vai ganhar as autárquicas, pois segundo a rádio tamanco, tem feito de tudo para influenciar o processo autárquico no PSD, querendo ganhar na secretaria, o que não pode ganhar nas eleições. Também fica por esclarecer a posição dos históricos do PS nazareno que permitem que outros, já sem cor e sem credo político, lhes arrumem a casa… Enquanto a rosa vai juntando as suas pétalas, a equipa laranja vai estruturando os gomos a ver se fica tão sumarenta quanto a nacional. Depois das peripécias nacionais e da demissão apressada de um ministro, repetir a façanha das últimas legislativas seria para o PS, o milagre das rosas.
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