Tânia Rocha A “I Degustação de Carapaus Secos” recebeu muitos curiosos no areal da Nazaré, no passado domingo. Visitantes e locais encheram a tenda, montada na Avenida Vieira Guimarães, para provarem as novas receitas desta iguaria típica da Nazaré, pelas mãos do chefe António Alexandre. Esta iniciativa foi promovida pela ACISN (Associação Comercial Industrial e de Serviços da Nazaré), com a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré e da empresa “Tempero”.
No espaço dedicado a este ingrediente típico da Nazaré, podia provar-se: “Bolinhos de carapau seco”, “Carapau enjoado numa sopinha fria”, “Salada de carapau enjoado com tomate e feijão verde”, e “Carapau seco numa sopa de peixe”, receitas a acompanhar com vinho Tuela, branco e tinto. Além da degustação, podia ser apreciada uma exposição sobre a história da secagem do peixe e um vídeo alusivo a esta técnica. Segundo o presidente da ACISN, Abel Santos, “o objectivo desta iniciativa é lançar o carapau seco e enjoado como matéria-prima a utilizar nas iguarias dos restaurantes da Nazaré, de uma forma inovadora, em termos de visual e gosto”. Nesta primeira iniciativa os restaurantes da Nazaré não participaram, mas Abel Santos disse que até à realização da segunda degustação, a realizar no próximo ano, a ACISN vai promover alguns workshops e sessões de trabalho “para incentivar os agentes hoteleiros a trabalharem o produto de maneira diferente”. Para o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso, “este evento pretende aproveitar um produto diferente, típico da Nazaré, para transformá-lo num produto único, aproveitando todas as suas potencialidades, noutro tipo de receitas”. Jorge Barroso afirmou que “este produto tem um potencial crescimento, importante também para o crescimento qualitativo do turismo, pois pode ser um produto diferenciador e atractivo, que torna a Nazaré num destino único, em termos de oferta gastronómica”. Barroso disse que cabe também aos restaurantes “agarrarem a ideia e promovê-la, inventando novas receitas”. Abel Santos e Jorge Barroso fizeram um balanço positivo desta iniciativa, que teve uma adesão “muito boa”, por parte da população. A secagem de peixe da Nazaré é uma tradição muito antiga, que permitia, não só a conservação do alimento, mas também proporcionava uma alimentação económica. Os peixes que permitem a secagem são: o carapau, a sardinha, o cação, o batuque, o polvo, entre outros.
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