Paulo Alexandre A Premiere Pride Gays & Friends decorreu no Merco-Alcobaça e a festa foi animada. A iniciativa começou por um debate, onde participaram António Serzedelo, da Opus Gay, Miguel Vale de Almeida, professor do ISCTE, Carlos Castro, cronista social, Margarida Martins, da associação Abraço e Paulo Pamplona Corte-Real, da ILGA. A noite foi de festa, primeiro com teatro musical “Bellepóke, depois com o “Dragqueen Show” e, por fim, com o AfterHour DJ Set. José Peças, da Organização desta Premiere Pride Gays & Friends, disse, no final, que se tratou de uma festa a «exemplo da que se faz em Ibiza (Espanha), onde vai toda a gente». Como alcobacense, pensou em apresentar «uma coisa diferente numa terra ainda preconceituosa» sobre diferentes opções sexuais.
Já António Serzedelo, da Opus Gay, classificou a «homofobia como um preconceito reinante em vários sociedades que tentam impor o modelo da heterosexualidade», admitindo que, «nalguns locais, a diferença, ainda é mal vista por ser associada ao pecado, à doença e ao vício», mas mostrou-se «confiante na mudança de mentalidades» afirmando que «Portugal começa a dar passos importantes no sentido da modernização e da globalização e a transformar-se num país multicultural com vista a uma democracia que espera que seja avançada» isto é, frisou, que «respeite os direitos humanos». Sobre o casamento gay, um assunto que tem gerado bastante polémica, não só em Portugal como em toda a Europa, António Serzedelo defendeu que o tema «tem de ser discutido na sociedade, para não ser visto como uma imposição», adiantando que acredita que talvez «na próxima legislatura o governo consiga cumprir com o que prometeu».
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