Carlos Barroso As Caldas da Rainha são uma das 16 cidades nacionais, incluindo Ilhas que receber um posto da Europe Direct.Segundo Margarida Marques, chefe da representação da Comissão Europeia em Portugal a escolha da cidade das Caldas, recaiu por ter sido apresentado “um bom projecto”.“Tivemos mais de cem projectos e as Caldas eram dos melhores projectos escolhidos. Procuramos um equilíbrio regional para que o país ficasse coberto e Caldas é uma boa escolha. Há 16 centros, 14 no continente e um na Madeira e outro nos Açores”, descreveu.

Margarida Marques comentou o facto deste projecto estar nas Caldas e não no Cadaval, onde há a sede da Leader Oeste, dizendo que “graças ao esforço e sucesso do modelo anterior foi possível escolher, este, na Região Oeste. Muitas vezes não é suficiente ter um bom projecto se não houve comunicação e ter instituições credíveis, na geração anterior”, disse.A representante da Comissão revelou também que o objectivo deste projecto “é irmos juntos dos cidadãos e discutirmos as políticas europeias junto dos cidadãos num esforço de descentralização”.“Quando questionamos os cidadãos sobre as politicas europeias, muitas vezes eles não sabem, porque a informação que detêm é do seu quotidiano. O nosso esforço é que as pessoas tenham informação da União Europeia e estejam informados no sentido de perceber os seus direitos e realizar os seus deveres”, declarou também.O custo deste centro Europe Direct nas Caldas foi de 25 mil euros, fazendo deste modo parte de um dos 500 postos existentes em toda a Europa. Este facto foi enaltecido por Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, que se mostrou “honrado por a cidade ter recebido este serviço”, apoiando a equipa que vai ficar à frente o posto, apelando para que a informação europeia chegue “mais rápido e mais célere, porque já basta de crise. Há que apostar no desenvolvimento”.O director Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, José António Canha disse que o novo centro “só não foi constituído na Leader Oeste, porque teria de ser implementado num organismo público. É uma questão administrativa, mas este centro acontece, graças ao bom trabalho da Leader Oeste”, disse apesar de se ter notado a ausência de representação da Leader Oeste.Sobre as instalações José Canha foi claro ao afirmar que este centro da Europe Direct é uma forma de rentabilizar os meios humanos e materiais da antiga escola agrária das Caldas.“Concentrar todos os serviços, seja da agricultura, do desenvolvimento rural e da informação aqui, é um fórum direccionado para o desenvolvimento da região. É nosso objectivo que alguns funcionários da direcção regional passem para a Europe Direct”.O dirigente revelou que será a partir das Caldas se comandam também as operações e competências na área da agro-pecuária e da estrutura das pescas. Com tanta concentração de serviços nas Caldas os outros locais foram encerrados.“Das 18 zonas agrárias, agora só temos oito de portas abertas. Em concreto temos esta no Oeste e temos em Santarém, Tomar, Abrantes, Montijo, Setúbal e serviços em Vila Franca”.José Canha revelou por outro lado que a imagem do agricultor que não sabe nada de tecnologia está a mudar, porque tem surgido novas pessoas licenciadas, apesar de existirem ainda muitos que precisam de ajuda para serem feitas as candidaturas.“Os agricultores tem se desenrascado muito bem, porque apresentam produtos com mais qualidade. Temos vindo a descodificar a informação junto das organizações de agricultores e de prestadores de serviços para que a informação seja dada ao agricultor. Mas em concreto, cerca de 80% dos proponentes tem barcherlato, cursos superiores e licenciaturas. O novo agricultor já não é aquele que mal sabia ler e escrever”, revelou.O centro Europe Direct é um centro para durar cerca de quatro anos e Graça Pereira será a gestora do espaço nas Caldas, que terá ao seu lado Virgílio Leal dos Santos, também presidente da Junta de Alvorninha.O centro Europe Direct é um serviço de informação europeia dirigido ao público em geral, em que actua como intermediário entre os cidadãos europeus e a União Europeia, a nível local e regional, numa área de intervenção que passa pelos Municípios de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Cadaval, Alenquer, Lourinhã, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço e Arruda dos Vinhos.Os objectivos são permitir que os cidadãos disponham de informação, orientações e respostas a questões sobre as politicas europeias. A aposta na promoção do debate sobre a União Europeia e as suas políticas, de forma activa, facilitar a difusão da informação, a nível local e regional, por parte das instituições europeias e dar oportunidade ao público para enviar questões às instituições da União Europeia são algumas das propostas.Das funções que os jovens, agentes e organizações sociais e empresariais, instituições de ensino, organismos e agentes da administração local e regional e cidadãos em geral podem ter, passam pelo aconselhamento técnico, pela disponibilização de documentação actualizada, de difusão de informação temática, da promoção de campanhas informativas, da participação e realização de eventos e acções de formação, da participação em feiras e certames, e estabelecimentos de protocolos de colaboração.