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Cresce número de pessoasa pedir ajuda ao Banco Alimentar

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Paulo AlexandreEstá a crescer o número de alcobacenses que recorre à ajuda das Instituições apoiadas pelo Banco Alimentar do Oeste para obterem, nomeadamente, alimentação.A Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça tem sido uma das Instituições mais procuradas nos últimos meses por pessoas oriundas da classe média e que vivem com grandes dificuldades. Os empréstimos e […]

Paulo AlexandreEstá a crescer o número de alcobacenses que recorre à ajuda das Instituições apoiadas pelo Banco Alimentar do Oeste para obterem, nomeadamente, alimentação.A Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça tem sido uma das Instituições mais procuradas nos últimos meses por pessoas oriundas da classe média e que vivem com grandes dificuldades. Os empréstimos e as obrigações mensais deixaram estas famílias com pouca margem de manobra em relação a necessidades básicas. O aumento da procura de ajuda da Instituição, parceira do Banco Alimentar é, segundo Maria da Luz, um «sinal preocupante da crise que os alcobacenses atravessam».

A Misericórdia de Alcobaça está, neste momento, a acompanhar 108 famílias, num total de cerca de 350 pessoas quando em Janeiro de 2008 prestava auxílio a apenas 14 famílias. E, segundo a Directora da Instituição, todos «os meses aparecem cerca de 12 novos casos a pedir ajuda», casos que têm «a tendência a aumentar». A Misericórdia atende, maioritariamente, famílias de Alcobaça e de Aljubarrota mas também presta auxílio a pessoas da Vestiaria, Maiorga e de Pataias, vila onde deverá abrir, em breve, uma Delegação do Banco Alimentar. Segundo as Instituições de Solidariedade Social do concelho de Alcobaça há cada vez mais casos de pobreza encoberta, pessoas que têm, aparentemente, um nível de vida elevado, exibindo carros de alta cilindrada e casas luxuosas, quando, no final, sentem grandes dificuldades de sobrevivência no dia-a-dia. São, explicam, «pessoas que contraíram empréstimos para o consumo e para a habitação mas que, por motivos diversos, deixaram de ter condições para fazer face a todas as despesas e manter o nível de vida anterior». O desemprego e o divórcio são, normalmente, as principais causas das dificuldades económicas das famílias.A crise que afecta vários sectores tradicionais da economia atirou para o desemprego muitas pessoas da chamada classe média. São estes que começam, agora, a recorrer ao Banco Alimentar e a Instituições a ele ligadas, como as IPSS.

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