Num período quinzenal que ficou marcado por perdas generalizadas dos principais índices accionistas, um movimento que anula na totalidade a reacção positiva dos mercados financeiros observada no início do novo ano, esta situação foi justificada pela expectativa de deterioração da actividade económica, isto depois de um conjunto de players relevantes dos sectores retalhista e tecnológico terem revisto em baixa as suas perspectivas de crescimento para os próximos trimestres, espalhando os efeitos de agravamento da crise financeira sobre a economia real.

Adicionalmente, o sector financeiro voltou a sofrer alguns sinais de instabilidade crescentes, nomedamente após ser noticiado que o Governo Germânico e Britânico anunciaram novas medidas de apoio ao respectivo segmento, isto por via da tomada e/ou reforço da participação no capital do Commerzbank e do Royal Bank of Scotland. No outro lado do Atlântico, a instabilidade que rodeou o segmento foi também significativa, depois de ser noticiado que o Bank of America debate-se com sérias dificuldades financeiras no que respeita a integração da Merrill Lynch, o que acabou por culminar com o anúncio de novas ajudas do governo norte-americano à conhecida instituição. Reflectindo a progressiva deterioração económica e empresarial, os principais Bancos Centrais Mundiais acentuaram a recente política monetária expansionista, em particular o BCE que reduziu em mais 50 pb a taxa de referência para os 2% , sendo expectável que a mesma taxa se situe nos 1,5% até ao final do 1H09. No que respeita a evolução dos preços energéticos, o período ficou marcado pelos conflitos Israel-Palestina e Rússia-Ucrânia, que acabaram por causar alguma instabilidade nos preços do crude e gás natural, respectivamente. Ainda assim, o preço do crude nos mercados internacionais não resistiu à tendência correctiva que evidencia há já largos meses, sendo que o preço de referência WTI cota nos USD 33 por barril, praticamente a níveis mínimos observados nos últimos 6 anos. ResearchBanco BiG