Mais um Natal

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Editorial 135Tolerância, família, partilha, generosidade são palavras muito ouvidas nesta altura do ano. Independentemente da religião, os valores que estas palavras encerram são comuns a todas as religiões. Aquilo que as une é aquilo que as separa. Há mais em comum entre um católico e uma Testemunha de Jeová, do que possamos pensar: ainda que […]

Editorial 135Tolerância, família, partilha, generosidade são palavras muito ouvidas nesta altura do ano. Independentemente da religião, os valores que estas palavras encerram são comuns a todas as religiões. Aquilo que as une é aquilo que as separa. Há mais em comum entre um católico e uma Testemunha de Jeová, do que possamos pensar: ainda que os últimos não festejem o Natal, pautam-se pelos mesmos valores em relação à família, à tolerância, à partilha, à generosidade. Ambos adoram um só Deus, mesmo que Lhe dêem nomes diferentes. Os judeus, por exemplo, comemoram o Natal. Não pelas mesmas razões que os católicos, porque para eles, o Messias ainda não nasceu. O Natal, para eles, tem razões históricas, não religiosas.

Não importa o credo de cada um de nós, mas a consciência de que talvez por ser o último mês do ano, é tempo de reflexão, é tempo de tomar decisões sobre o que há-de mudar, é tempo de fazer o balanço do que fizemos certo ou errado ao longo do ano.O nosso Estado é laico. No início do mandato do Governo PS, foram retirados os crucifixos que ainda estavam pendurados por cima dos quadros em algumas escolas do 1.º ciclo. Ser laico, segundo o Dicionário, significa, apenas, não ser religioso, daí a inexistência de símbolos católicos nas escolas públicas. O Estado Português, depois de muitos séculos de catolicismo, adaptou-se à realidade actual e tornou-se laico, mostrando igual respeito por todas as religiões.Não caberá aos políticos respeitar as diferenças entre os cidadãos, começando por não distingui-los pela sua religião?No passado dia 10 de Dezembro comemorou-se o 60.º da adopção e proclamação do Dia Universal da Declaração dos Direitos Humanos e, cada ser humano, segundo o Artigo XVIII “tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou colectivamente, em público ou em particular.”Se o Estado é laico, não deveriam as autarquias ser laicas também? Não há cidadãos de primeira ou de segunda por causa da sua religião. Há cidadãos com direitos e deveres. Cabe a cada um de nós, Católicos, Protestantes, Testemunhas de Jeová, Judeus, Ortodoxos, Adventistas do Sétimo Dia, ou outros, promover os valores comuns às nossas religiões, começando, talvez, pela tolerância.O Região da Nazaré deseja a todos os leitores, anunciantes e colaboradores “Boas Festas”, independentemente da sua cor política ou da sua religião.Bem hajam!

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