José Marques Serralheiro faz criticas ao PS e PSDPaulo AlexandreJosé Marques Serralheiro classifica de “guerra intestina e sem qualquer expressão” as afirmações do PS e do PSD de Alcobaça sobre o Hospital Oeste Norte.O deputado independente, eleito pelo PS para um mandato de quatro anos na Assembleia Municipal, defende há sete anos que se instale na região um mega hospital para 250 mil pessoas com o intuito de aliviar o peso financeiro destas Instituições nas contas públicas e de resolver o problema da falta de médicos, adianta que seu projecto é sustentado pelo estudo de Augusto Mateus, que faz parte do plano deDesenvolvimento do Oeste até 2020, pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, pela Região de Turismo do Oeste, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e pelo próprio Governo. Serralheiro entende, por isso, que as critica do actual Presidente da Concelhia PS de Alcobaça que considerou excessiva a importância que se está a dar a um assunto que nem é prioritário para o momento, não tem qualquer argumento que sustente essa opinião.

O socialista José Pedrosa defendeu, recentemente, que as prioridadesdos investimento na área da saúde não são, para já, um investimento de milhões por parte das finanças públicas pois Alcobaça tem no Hospital de Santo André, de Leiria, a sua referência em termos de cuidados de saúde urgentes. A unidade, afirmou, “foi construída para servir 350 mil habitantes, 70 mil dos quais dos concelhos de Alcobaça e Nazaré”. Estando a 20 minutos de distância, o socialista não vê razão para se construir já o hospital do eixo norte.José Pedrosa defendeu, ainda, que deve ser dada prioridade aos Hospitais degradados da região oeste, como o de Alcobaça e Torres Vedras, lembrando que já foram investidos 50 milhões de euros em obra de adaptação do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, não fazendo, por isso, sentido que se venha a construir uma nova unidade na cidade termal ou ali perto, na freguesia de Alfeizerão, no concelho de Alcobaça, tal como defende o estudo elaborado pelo economista Daniel Bessa e que tem estado na origem de uma forte polémica entre concelhos vizinhos.Afirmações contestadas por José M. Serralheiro, que ao Presidente do PS lembra que Alcobaça passou, em termos administrativos, a fazer parte do Oeste, e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa deixando a região Centro (Coimbra) a que pertenceu durante largos anos.Quanto aos investimentos de que fala Pedrosa nas duas grandes unidades de saúde vizinhas de Alcobaça, Serralheiro prefere responder com o rigor dos números afirmando que o Centro Hospitalar das Caldas da Rainha recebeu um investimento de 20 milhões de euros, e não de 50. Já quanto ao futuro do Hospital de Alcobaça, Serralheiro defende que,depois de aberto o Hospital oeste-norte, a centenária unidade de saúde continuará a ter razão de existir pois funcionará com novas valências e como retaguarda do novo Hospital.Politicamente, Serralheiro vê nas afirmações do Presidente do PS de Alcobaça mais um sério obstáculo ao partido rumo às próximas eleições autárquicas de 2009 pois a oposição da concelhia ao investimento público numa nova unidade de saúde no concelho poderá custar, segundo o gestor hospitalar, muitos votos.José Serralheiro não se fica por aqui nas críticas e também as distribui pelo Presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho, que no seu entender tomou uma decisão imprudente ao adquirir um terreno por 3,5 milhões de euros sem garantias de que o Governo venha a confirmar Alfeizerão como a localização do novo Hospital. A isto, o Presidente

da Câmara tem respondido, sistematicamente, que se comprou também pode vender, a qualquer altura, o terreno.