Abaixo-assinado e descontentamento da vizinhança já chegaram à CâmaraClara BernardinoA expressão “obras de Santa Engrácia” poderia aplicar-se à Fundação Mário Botas, cujas obras paradas, já há muito, preocupam moradores e comerciantes da Rua dos Barrancos, que já fizeram chegar o seu descontentamento à Câmara Municipal sob a forma de “Abaixo-assinado” e que, agora, contactaram o Região da Nazaré para tornar pública a sua preocupação.Os moradores e comerciantes da Rua dos Barrancos já quase perderam as esperanças de ver o fim à obra da Fundação Mário Botas. Há dois anos, individual ou colectivamente, as pessoas têm feito sentir a sua preocupação, quer junto da Câmara, quer junto do conselho de administração da Fundação.
Para além de encobrir a saída da Rua dos Barrancos, os taipais que envolvem a obra escondem, também, um problema que poderá ter consequências preocupantes ao nível da saúde pública: os ratos.Na origem do problema está, segundo os mesmos, uma casa de banho improvisada para as obras e a falta de limpeza do terreno.A construção da Casa-Museu Mário Botas, iniciada em 2002, foi interrompida em Abril de 2006, devido ao “abandono” da obra pelo empreiteiro.Descontentes com este impasse, mais de 150 pessoas manifestaram a sua preocupação através de um abaixo-assinado que entregaram na Câmara, no intuito de tornar pública a situação e de pedir a colaboração da autarquia na resolução do problema. Para além das doenças que podem advir da existência de ratos, o facto de não haver passeio e de a rua ser estreita poderá, segundo os queixosos, provocar acidentes.Segundo parecer jurídico pedido pela Câmara Municipal, a autarquia não pode substituir, directamente, a Fundação quanto às obras e mexer nos taipais de vedação da mesma. Trata-se de uma obra privada, pelo que qualquer atitude terá que ser tomada com o consentimento dos representantes da Fundação.Para minimizar o problema, os serviços camarários têm colocado veneno, regularmente, para matar os roedores que, segundo alguns dos moradores declararam ao Região da Nazaré, “atravessam a rua e já houve momentos em que se lhes dava pontapés como se fossem bolas”.Além disso, a Câmara Municipal da Nazaré deliberou, em reunião pública, durante o mês de Março, proceder à execução do passeio público envolvente, como forma de tentar ajudar a resolver a situação, mas caberá ao dono da obra avançar com a conclusão das obras e, assim, resolver de vez este problema.Paradas há muito tempo, e como a Licença das obras já terá caducado, há a necessidade de ser emitida uma “licença especial”. O Executivo Camarário já manifestou disponibilidade para esse efeito, desde que a Fundação o solicite.
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